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Indicadores nos EUA são destaque na semana
Saem dados de emprego e
indústria; UE decide juros
DA REPORTAGEM LOCAL
Se depender dos indicadores
econômicos que serão divulgados nos próximos dias, tanto no
Brasil como no exterior, o mercado financeiro terá uma semana bastante intensa.
Hoje, a agenda norte-americana já vem carregada de diferentes dados, com destaque para os números dos gastos pessoais e a atividade da indústria
do país, segundo pesquisa do
instituto ISM.
Amanhã serão conhecidos os
dados de vendas de veículos
nos EUA, relevantes devido ao
fato de o setor automotivo ser
um dos mais abalados pela crise. Também sairão números de
vendas de imóveis.
O livro bege (compilação de
dados sobre a economia americana elaborada pelo Fed, o BC
dos Estados Unidos), que será
divulgado na quarta-feira, é
aguardado com grande interesse pelo mercado. O documento
dará um panorama mais amplo
sobre a saúde da maior economia do mundo.
Nesse dia, ainda sairão o índice de atividade do setor de serviços, também medido pelo
ISM, e o nível de solicitação de
empréstimos hipotecários, levantado pelo MBA.
"A semana deve ser cheia de
emoções, com uma série de dados acerca da economia norte-americana, como os de renda e
consumo, taxa de desemprego,
produtividade industrial, serviços e outros. Com isso, a única
coisa certa na próxima semana
deve ser a volatilidade, que tem
sido característica nos últimos
tempos", avaliam os analistas
da XP Investimentos.
Na quinta-feira, a atenção
volta-se para a Europa. Por lá,
os bancos centrais europeu e do
Reino Unido definem suas taxas básicas. A expectativa é a de
que ambas sejam reduzidas em
0,5 ponto percentual, em meio
à retração que abala a economia mundial.
O BC britânico já reduziu
neste ano seus juros para 1%
-espera-se que desçam agora a
0,5%. Desde outubro, o órgão já
cortou a taxa em quatro pontos
percentuais. Na zona do euro,
os juros básicos estão em 2%.
Nos EUA, a taxa básica está
em seu piso, oscilando em uma
faixa que vai de zero a 0,25%.
O atual ciclo de recessão tem
levado os BCs a reduzirem suas
taxas de juros, como forma de
tentar estimular o consumo e
aquecer a economia.
"A agenda econômica traz
importantes dados durante toda a semana. Na Europa, as
atenções estarão voltadas para
a divulgação das taxas de juros
dos principais bancos centrais", diz Julio Martins, diretor da Prosper Gestão.
Na sexta-feira, as atenções
voltam-se novamente para os
Estados Unidos, onde vai ser
apresentada a pesquisa de emprego. O mercado projeta que a
taxa de desemprego no país tenha subido de 7,6% para 7,9%
em fevereiro.
Inflação e indústria
No Brasil, os destaques ficam
com a apresentação de índices
de inflação e da produção industrial. Amanhã vai ser conhecido o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de fevereiro medido pela Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas). A expectativa é que o
índice tenha recuado de 0,46%
(registrado em janeiro) para
cerca de 0,23%.
Na sexta-feira, é a vez de o
IBGE divulgar os dados da produção industrial de janeiro.
"Estimamos que em janeiro a
produção industrial tenha recuado 10,2% sobre a do mesmo
mês de 2008, o que corresponderia a um avanço de 9,2% sobre dezembro", afirma a LCA
Consultores.
"Nossa estimativa baseia-se
em vários indicadores coincidentes, entre os quais a maioria
apresentou forte recuo na comparação interanual", completa
a análise da LCA.
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