São Paulo, domingo, 02 de abril de 2000


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Dell procura parceiros para venda via Web

MARCIO AITH
de Washington

Se depender da Dell, segunda maior fabricante de computadores do mundo, a expansão do setor de Internet no Brasil ocorrerá por meio da compra de pequenas empresas por grandes companhias estrangeiras.
"O modelo da Dell é impulsionar a força de parceiros estratégicos. Não vejo razão para isso ser diferente no Brasil. Já estamos até olhando para várias oportunidades", disse à Folha Chris Hinkle, gerente da Dell para a América Latina.
Atualmente, a Dell tem investimentos em 90 empresas. Na sexta-feira passada, falando a jornalistas na Austrália, o fundador da companhia, o empresário Michael Dell, 35, disse que planeja investir US$ 750 milhões em empresas de alta tecnologia ao redor do mundo até o final de 2001.
"Nosso foco está em empresas que oferecem a infra-estrutura da Internet. Como não podemos fazer tudo, esses investimentos nos dão a habilidade de aumentar o alcance da companhia."
O perfil das vendas da Dell explica sua estratégia. A empresa vende hoje US$ 30 milhões por dia pela Internet. Até o final do ano, Hinkle estima que uma em cada duas compras de computadores da Dell na América Latina passará pelo website da companhia.
Ao reformar sua página na Internet, a Dell já previu a expansão da rede para o setor de computadores e de agendas portáteis -a chamada Internet sem fio.
Nos EUA, Hinkle acredita que a Internet sem fio acabará vingando como um dos melhores negócios nos próximos anos. Mas a Dell não sabe se a expansão da Internet no Brasil será feita via cabo -apesar da crise do setor nos últimos anos- ou sem fio, por conta do aumento do uso de celulares.
"É difícil prever o futuro. Nos Estados Unidos, apesar de o cabo ter uma base instalada muito grande, acho que é a conveniência do "wireless" que acabará vingando. Mas não ouso opinar sobre o Brasil. A Dell oferecerá produtos relevantes no país seja qual for o modelo escolhido", disse.
Recentemente, a Dell inaugurou uma fábrica no Rio Grande do Sul. Hinkle acredita que isso é um indício de que a empresa está comprometida com o país, independentemente de deficiências de infra-estrutura ou da instabilidade econômica. "O Brasil é vital para nossa expansão. Instabilidade existe hoje em qualquer lugar do mundo."


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