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Dell procura
parceiros para
venda via Web
MARCIO AITH
de Washington
Se depender da Dell, segunda maior fabricante de
computadores do mundo, a
expansão do setor de Internet no Brasil ocorrerá por
meio da compra de pequenas empresas por grandes
companhias estrangeiras.
"O modelo da Dell é impulsionar a força de parceiros estratégicos. Não vejo razão para isso ser diferente no
Brasil. Já estamos até olhando para várias oportunidades", disse à Folha Chris
Hinkle, gerente da Dell para
a América Latina.
Atualmente, a Dell tem investimentos em 90 empresas. Na sexta-feira passada,
falando a jornalistas na Austrália, o fundador da companhia, o empresário Michael
Dell, 35, disse que planeja investir US$ 750 milhões em
empresas de alta tecnologia
ao redor do mundo até o final de 2001.
"Nosso foco está em empresas que oferecem a infra-estrutura da Internet. Como
não podemos fazer tudo, esses investimentos nos dão a
habilidade de aumentar o alcance da companhia."
O perfil das vendas da Dell
explica sua estratégia. A empresa vende hoje US$ 30 milhões por dia pela Internet.
Até o final do ano, Hinkle estima que uma em cada duas
compras de computadores
da Dell na América Latina
passará pelo website da
companhia.
Ao reformar sua página na
Internet, a Dell já previu a
expansão da rede para o setor de computadores e de
agendas portáteis -a chamada Internet sem fio.
Nos EUA, Hinkle acredita
que a Internet sem fio acabará vingando como um dos
melhores negócios nos próximos anos. Mas a Dell não
sabe se a expansão da Internet no Brasil será feita via cabo -apesar da crise do setor
nos últimos anos- ou sem
fio, por conta do aumento
do uso de celulares.
"É difícil prever o futuro.
Nos Estados Unidos, apesar
de o cabo ter uma base instalada muito grande, acho que
é a conveniência do "wireless" que acabará vingando.
Mas não ouso opinar sobre o
Brasil. A Dell oferecerá produtos relevantes no país seja
qual for o modelo escolhido", disse.
Recentemente, a Dell inaugurou uma fábrica no Rio
Grande do Sul. Hinkle acredita que isso é um indício de
que a empresa está comprometida com o país, independentemente de deficiências
de infra-estrutura ou da instabilidade econômica. "O
Brasil é vital para nossa expansão. Instabilidade existe
hoje em qualquer lugar do
mundo."
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