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ECONOMIA BOMBARDEADA
Índice de atividade cai ao menor nível desde novembro de 2001; construção civil recua 0,2%
Indústria norte-americana volta a encolher
DA REDAÇÃO
A guerra no Iraque atingiu em
cheio a indústria norte-americana, que sofreu sua primeira contração em cinco meses. A brusca
queda na demanda, mesmo antes
do início do conflito, fez o índice
que avalia as condições do setor
cair ao mais baixo patamar desde
novembro de 2001, quando os
EUA ainda sentiam os efeitos dos
atentados terroristas.
De acordo com o ISM (Instituto
de Gerenciamento de Fornecimento, na sigla em inglês), o índice de atividade na indústria caiu
para 46,2 pontos no mês passado,
ante 50,5 pontos em fevereiro. O
resultado ficou bem abaixo da expectativa dos analistas, que esperavam em torno de 48 pontos.
Pela metodologia do ISM, números abaixo de 50 pontos indicam contração na atividade, e acima, expansão. A indústria dos
EUA, segundo o ISM, não apresentava contração desde novembro do ano passado.
O índice do mês passado é o
mais baixo desde os 45,7 pontos
registrados em novembro de
2001, quando o país, que já estava
em recessão, tinha acabado de ser
atingindo pelos ataques terroristas em Nova York e Washington,
em 11 de setembro, que ampliaram a instabilidade econômica.
Entre o final de 2000 e o começo
do ano passado, a indústria amargou 18 meses consecutivos de
contração, voltando a crescer apenas em fevereiro. Ainda assim, a
retomada do setor sempre foi bastante instável e sujeita a retrações.
"A guerra parece ter reduzindo
a demanda em vários setores, como químicos, eletrônicos e equipamentos industriais", disse Norbert Ore, presidente da Comissão
de Pesquisas Econômicas do ISM.
A indústria responde por cerca
de um sexto do PIB (Produto Interno Bruto). Normalmente, o setor reflete antecipadamente as
tendências econômicas, como na
recessão de 2001, quando foi o
primeiro a entrar em queda.
Os números do ISM se somam a
vários outros indicadores que demonstram que houve uma nova
freada na economia norte-americana. Na sexta-feira, será divulgada a taxa de desemprego, e a expectativa é que cresça o número
de pessoas desocupadas.
Construção cede
Ainda ontem, um relatório do
Departamento de Comércio dos
Estados Unidos informou que a
construção civil recuou 0,2% em
fevereiro. A queda nos gastos se
deveu sobretudo a uma diminuição dos investimentos públicos
em grandes obras.
O setor de construção tem se beneficiado, em larga medida, dos
baixos juros dos financiamentos
imobiliários, que estão nos menores níveis das últimas quatro décadas. Mas o investimento em
obras públicas e privadas já começa a dar sinais de retração.
Bolsas
Após quatro dias de queda, as
Bolsas dos EUA fecharam ontem
em ligeira alta. As más notícias
econômicas foram ofuscadas, em
parte, pela diminuição do pessimismo em relação ao avanço militar no Iraque. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou
com ganho de 0,97%. Já a Nasdaq
registrou alta de 0,53%.
Com agências internacionais
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