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Desemprego na zona do euro é o maior em três anos, enquanto confiança é a menor em seis anos
Eurolândia e Ásia dão sinais de fraqueza
DA REDAÇÃO
Uma série de indicadores divulgados recentemente mostra sinais
de que a economia na zona do euro e em países asiáticos está mais
fragilizada.
A taxa de desemprego na zona
do euro subiu para 8,7% em fevereiro, o maior patamar em três
anos. O índice, divulgado ontem
pela agência de estatística Eurostat, ficou acima das previsões dos
economistas, que esperavam que
a taxa se mantivesse nos mesmos
níveis de janeiro (8,6%).
De acordo com a agência, o número de pessoas sem emprego na
região cresceu para 12,1 milhões
em fevereiro. Alemanha e França,
as maiores economias da região,
estão puxando para cima o desemprego na região.
Na Alemanha, a maior economia da zona do euro, a taxa de desemprego ficou em 8,7% em fevereiro, 0,1 ponto percentual a mais
do que no mês anterior. Além disso, a Comissão Européia estima
que o déficit orçamentário do país
exceda neste ano os 3% do PIB
(Produto Interno Bruto), limite
estabelecido pelo Pacto de Estabilidade da União Européia.
Na França, o índice foi de 9,1%
em fevereiro, acima da média da
região. Ontem, o ministro da Economia do país, Francis Mer, rebaixou a previsão de crescimento
econômico para o primeiro semestre deste ano para menos 1%
A Espanha continua a ter a
maior taxa de desemprego da zona do euro (11,9%) e Luxemburgo, a menor (2,8%).
Desconfiança
O índice de confiança do consumidor e dos investidores na região do euro caiu para 97,8 pontos
em março, o mais baixo em seis
anos, segundo relatório da Comissão Européia. Em fevereiro, o
índice ficara em 98,4 pontos.
"Uma queda desta proporção
não se verificava desde os acontecimentos de 11 de setembro", afirma o relatório da comissão.
O Índice dos Gerentes de Compra -que mede a atividade industrial- da zona do euro também caiu mais do que o esperado,
passando para 48,4 pontos em
março, uma queda de 1,7 pontos,
de acordo com pesquisa da agência britânica Reuters e da NTC. O
ponto neutro entre expansão e retração é 50 pontos.
Na França, pesquisa do Insee,
instituto oficial de estatísticas,
mostra que a confiança dos consumidores em março ficou em
seu pior nível desde 1996.
Na Inglaterra, as vendas no varejo no mês passado caíram no
ritmo mais rápido em uma década, indicou pesquisa da Confederation of British Industry.
Ásia
O índice de atividade industrial
no Japão subiu para 48,9 pontos
no mês passado, mas ainda ficou
abaixo dos 50 pontos.
O índice que mede a atividade
industrial em Cingapura ficou
abaixo dos 50% em março pela
primeira vez em 12 meses, fechando em 49,7%, uma queda de 0,7
ponto percentual.
Apesar do enfraquecimento da
economia, as Bolsas européias fecharam em leve alta. A Bolsa de
Londres subiu 2,0%, a de Paris,
0,6% e a de Frankfurt, 1,1%. Em
Tóquio, a alta foi de 0,2%.
Com agências internacionais
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