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São Paulo, quarta-feira, 02 de abril de 2003

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Desemprego na zona do euro é o maior em três anos, enquanto confiança é a menor em seis anos

Eurolândia e Ásia dão sinais de fraqueza

DA REDAÇÃO

Uma série de indicadores divulgados recentemente mostra sinais de que a economia na zona do euro e em países asiáticos está mais fragilizada.
A taxa de desemprego na zona do euro subiu para 8,7% em fevereiro, o maior patamar em três anos. O índice, divulgado ontem pela agência de estatística Eurostat, ficou acima das previsões dos economistas, que esperavam que a taxa se mantivesse nos mesmos níveis de janeiro (8,6%).
De acordo com a agência, o número de pessoas sem emprego na região cresceu para 12,1 milhões em fevereiro. Alemanha e França, as maiores economias da região, estão puxando para cima o desemprego na região.
Na Alemanha, a maior economia da zona do euro, a taxa de desemprego ficou em 8,7% em fevereiro, 0,1 ponto percentual a mais do que no mês anterior. Além disso, a Comissão Européia estima que o déficit orçamentário do país exceda neste ano os 3% do PIB (Produto Interno Bruto), limite estabelecido pelo Pacto de Estabilidade da União Européia.
Na França, o índice foi de 9,1% em fevereiro, acima da média da região. Ontem, o ministro da Economia do país, Francis Mer, rebaixou a previsão de crescimento econômico para o primeiro semestre deste ano para menos 1%
A Espanha continua a ter a maior taxa de desemprego da zona do euro (11,9%) e Luxemburgo, a menor (2,8%).

Desconfiança
O índice de confiança do consumidor e dos investidores na região do euro caiu para 97,8 pontos em março, o mais baixo em seis anos, segundo relatório da Comissão Européia. Em fevereiro, o índice ficara em 98,4 pontos.
"Uma queda desta proporção não se verificava desde os acontecimentos de 11 de setembro", afirma o relatório da comissão.
O Índice dos Gerentes de Compra -que mede a atividade industrial- da zona do euro também caiu mais do que o esperado, passando para 48,4 pontos em março, uma queda de 1,7 pontos, de acordo com pesquisa da agência britânica Reuters e da NTC. O ponto neutro entre expansão e retração é 50 pontos.
Na França, pesquisa do Insee, instituto oficial de estatísticas, mostra que a confiança dos consumidores em março ficou em seu pior nível desde 1996.
Na Inglaterra, as vendas no varejo no mês passado caíram no ritmo mais rápido em uma década, indicou pesquisa da Confederation of British Industry.

Ásia
O índice de atividade industrial no Japão subiu para 48,9 pontos no mês passado, mas ainda ficou abaixo dos 50 pontos.
O índice que mede a atividade industrial em Cingapura ficou abaixo dos 50% em março pela primeira vez em 12 meses, fechando em 49,7%, uma queda de 0,7 ponto percentual.
Apesar do enfraquecimento da economia, as Bolsas européias fecharam em leve alta. A Bolsa de Londres subiu 2,0%, a de Paris, 0,6% e a de Frankfurt, 1,1%. Em Tóquio, a alta foi de 0,2%.


Com agências internacionais


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