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IIF pede ação conjunta
em defesa da economia
ALAN BEATTIE
DO "FINANCIAL TIMES", EM WASHINGTON
As principais autoridades econômicas do mundo deveriam
prometer agora tomar medidas
rápidas e coordenadas -por
exemplo, um corte das taxas de
juros- caso a economia mundial
se debilite ainda mais, segundo o
IIF (Instituto de Finanças Internacionais), organização privada
que representa bancos, fundos de
investimentos e companhias financeiras.
O alerta foi feito depois que diversos resultados negativos demonstraram que a confiança vinha enfraquecendo nas principais
economias do mundo no período
que precedeu a guerra no Iraque.
Fazendo seu alerta aos ministros antes da reunião do Fundo
Monetário Internacional nesta semana, o IIF disse que a fragilidade
da economia mundial tinha raízes
muito mais profundas do que os
efeitos transitórios da guerra.
"Seria pouco recomendável que
os ministros viessem a Washington acreditando que, se a guerra
terminar logo, acaba a necessidade de agir", disse Charles Dallara,
diretor administrativo do IIF.
O Grupo dos 7 (G7) países ricos
tem evitado, nos últimos tempos,
a promessa de um plano coletivo
para enfrentar a crise econômica,
alegando que os bancos centrais e
ministérios das Finanças deveriam se concentrar em suas próprias economias.
Mas o IIF diz que períodos desafiadores justificam medidas extraordinárias. "Há certo valor,
ocasionalmente, no efeito de demonstração de ações coordenadas e cooperativas", disse Dallara.
O G7 deveria anunciar que está
inclinado a um relaxamento monetário, uma posição reforçada
por um compromisso conjunto
de agir em caso de necessidade, e
a uma administração flexível de
política fiscal no curto prazo.
Pesquisas nos Estados Unidos,
na zona do euro e no Reino Unido
confirmaram que a confiança das
empresas e dos consumidores foi
seriamente prejudicada no período que antecedeu à guerra.
O IIF expressou satisfação ontem diante de informações de que
os planos radicais do FMI para
instituir um regime de falência
para nações haviam sido bloqueados pelos Estados Unidos.
O IIF há muito se opunha à
idéia, que criaria um mecanismo
judicial de arbitragem entre os governos falidos e os seus credores.
O IIF admitiu algumas preocupações quanto à possibilidade de
que as divisões diplomáticas entre
os governos com relação à guerra
no Iraque afetassem as reuniões
do FMI e do Banco Mundial, mas
afirmou esperar que os presidentes de bancos centrais e ministros
das Finanças reconhecessem a necessidade de união na esfera econômica.
Temores semelhantes quanto a
divisões políticas entre os EUA e
países da zona do euro, expressos
antes de uma recente reunião de
dirigentes de bancos centrais e de
ministros das Finanças do G7 em
Paris, não se confirmaram. E o
FMI e o Banco Mundial se mantiveram bem distantes do debate
sobre a guerra no Iraque.
Tradução de Paulo Migliacci
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