São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2004

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COMÉRCIO EXTERIOR

Com crescimento de 29% no ano, vendas já somam US$ 19,4 bi

Exportações de US$ 7,9 bi em março batem recorde

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As exportações brasileiras atingiram o valor recorde de US$ 7,927 bilhões no mês passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento. As importações também cresceram e fecharam em US$ 5,325 bilhões. Com isso, o saldo da balança comercial em março ficou em US$ 2,602 bilhões.
O aumento das vendas ao exterior ajudou o superávit da balança comercial a crescer 62% entre janeiro e março deste ano e chegar a US$ 6,170 bilhões. É o saldo mais elevado já alcançado no primeiro trimestre de um ano.
Para o secretário de Comércio Exterior, Ivan Ramalho, o desempenho das exportações no mês passado foi beneficiado pelo maior número de dias úteis do período e pelo aumento dos preços dos produtos exportados pelo Brasil no mercado internacional.
Além disso, Ramalho diz que o desempenho das exportações e das importações já está sendo afetado pela retomada econômica. Neste ano, as exportações cresceram 29% e somaram US$ 19,448 bilhões, também valor recorde para o período. As importações, por sua vez, cresceram 18%, totalizando US$ 13,278 bilhões.
Nas importações, o efeito da melhora no nível de atividade estaria no aumento da procura por matérias-primas e máquinas. "Isso mostra a retomada do crescimento, especialmente na indústria", afirmou o secretário.
Segundo o ministério, a importação de bens de capital totalizou US$ 1 bilhão no mês passado, crescimento de 12,1% em relação a março de 2003. A importação de matérias-primas chegou a US$ 7,354 bilhões no primeiro trimestre deste ano, valor 27% maior do que o de igual período de 2003.

Demanda
Nas exportações, por sua vez, as vendas de produtos semimanufaturados de ferro e aço caíram 30,2% no mês passado. Isso reflete, segundo Ramalho, o aumento na procura por esses produtos dentro do Brasil. Desse modo, para atender a demanda interna, as empresas estariam deixando de atender clientes no exterior.
"A informação que nós temos é que a exportação de produtos siderúrgicos talvez não cresça neste ano, porque a demanda interna está aquecida e não há capacidade instalada para atender a procura."
De acordo com o secretário, a expectativa do governo é que as exportações ultrapassem os US$ 80 bilhões neste ano -foram US$ 73 bilhões em 2003. O Banco Central projeta um superávit de US$ 24 bilhões, valor próximo dos US$ 24,8 bilhões do ano passado.
EUA e Argentina seguem como os maiores importadores de produtos brasileiros. Juntos, responderam por 28% da pauta de exportações entre janeiro e março.


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