JULIA DUAILIBI
ENVIADA ESPECIAL A ARARAS (SP)

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, afirmou ontem que a meta deste ano para as exportações brasileiras será ampliada de US$ 80 bilhões para US$ 82 bilhões, o que representa um crescimento de 12% em relação ao ano de 2003.
De acordo com o ministro, o crescimento será "bem acima da média mundial", estimada, segundo ele, em algo entre 7% e 8%.
Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na inauguração da fábrica de café solúvel da Nestlé, em São Paulo, Furlan adotou o discurso da agenda positiva e disse não haver motivo para pessimismo. "Estamos crescendo, só as exportações significarão um crescimento de cerca de 2% do PIB, e o mercado interno responderá por outros outros 2%. Isso significa que estamos nos aproximando cada vez mais da meta do governo de US$ 100 bilhões nas exportações até o fim de 2006."
O ministro também divulgou ontem os números da balança comercial para o mês de março, que classificou de "um marca histórica das exportações brasileiras".
Segundo os dados, as exportações atingiram em março US$ 7,9 bi pela primeira vez na história.
"A esse crescimento de 25% sobre março do ano passado soma-se também uma marca muito próxima do recorde de importações, que cresceram 18%."
De acordo com o ministro, o crescimento das importações está relacionado a um "vigor na economia" com a compra de matérias-primas, componentes, máquinas e equipamentos.

Café
O setor cafeeiro, disse o ministro, que no ano passado foi o 12º maior exportador brasileiro, pode neste ano "recuperar seu prestígio", saindo de US$ 1,5 bilhão nas exportações para algo próximo de US$ 2 bilhões neste ano. "Nesse segmento, as exportações do setor de instantâneo possivelmente ultrapassarão US$ 300 milhões, cerca de 15 % do total do setor."


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