São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2004

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MEMÓRIA

Lula defendeu nacionalização mínima em 2002

DA REDAÇÃO

A encomenda de projetos a empresas brasileiras foi uma das principais bandeiras de campanha do então candidato Lula. Em 2002, ele criticou o fato de uma plataforma da Petrobras ser construída em Cingapura. Na ocasião, ele defendeu a inclusão de um percentual mínimo de conteúdo nacional, que, segundo ele, seria uma forma de política industrial e de gerar empregos no Brasil.
Mas, em fevereiro de 2003, já sob a direção do petista José Eduardo Dutra, a Petrobras lançou um novo edital de licitação para as duas plataformas restantes, a P-51 e a P-52. O edital tinha a inclusão de um percentual mínimo obrigatório de 60% de encomendas nacionais.
Segundo analistas, porém, a exigência resultou em aumento de preços na primeira licitação. O grupo Fels Setal-Tecnique (Brasil, Cingapura e França), que ganhou a licitação para a construção e a integração do casco e do convés da P-52, fixou em US$ 774,9 milhões a obra. O mercado calculava um custo de US$ 520 milhões.
Na semana passada, a estatal anunciou que o casco da P-51 será construído no Brasil.
A Fels Setal, vencedora da licitação para o casco, decidiu trabalhar em parceria com a Nuclep, empresa vinculada ao governo.


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