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MEMÓRIA
Lula defendeu nacionalização mínima em 2002
DA REDAÇÃO
A encomenda de projetos a
empresas brasileiras foi uma
das principais bandeiras de
campanha do então candidato
Lula. Em 2002, ele criticou o fato de uma plataforma da Petrobras ser construída em Cingapura. Na ocasião, ele defendeu
a inclusão de um percentual
mínimo de conteúdo nacional,
que, segundo ele, seria uma
forma de política industrial e
de gerar empregos no Brasil.
Mas, em fevereiro de 2003, já
sob a direção do petista José
Eduardo Dutra, a Petrobras
lançou um novo edital de licitação para as duas plataformas
restantes, a P-51 e a P-52. O edital tinha a inclusão de um percentual mínimo obrigatório de
60% de encomendas nacionais.
Segundo analistas, porém, a
exigência resultou em aumento
de preços na primeira licitação.
O grupo Fels Setal-Tecnique
(Brasil, Cingapura e França),
que ganhou a licitação para a
construção e a integração do
casco e do convés da P-52, fixou em US$ 774,9 milhões a
obra. O mercado calculava um
custo de US$ 520 milhões.
Na semana passada, a estatal
anunciou que o casco da P-51
será construído no Brasil.
A Fels Setal, vencedora da licitação para o casco, decidiu
trabalhar em parceria com a
Nuclep, empresa vinculada ao
governo.
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