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Após mudança em compulsório, BC retira R$ 32 bi da economia
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Central já retirou
R$ 37 bilhões da economia desde a semana passada, com a entrada em vigor da primeira das
duas mudanças anunciadas para levar os compulsórios de volta aos níveis pré-crise, reduzindo a oferta de crédito.
O valor se refere ao aumento
na alíquota da "exigibilidade
adicional", uma forma de compulsório que incide sobre depósitos a prazo, à vista e poupança, principalmente de grandes
bancos. O valor dentro dessa
regra subiu de R$ 52 bilhões
para R$ 89 bilhões.
O compulsório é a parcela do
dinheiro depositado nos bancos que fica preso no BC. Para
injetar dinheiro na economia
no período da crise, foram liberados R$ 100 bilhões para disponibilizar mais recursos para
o crédito. Em setembro de
2008, o montante de compulsório era de R$ 257 bilhões.
Com a medida, o total de depósitos compulsórios no BC
chegou a R$ 254 bilhões no final da semana passada (último
dado disponível), 16% acima do
verificado 30 dias antes. Está
prevista ainda a retirada de
mais R$ 34 bilhões da economia a partir da próxima semana, com a segunda mudança no
compulsório anunciada pelo
BC no final de fevereiro.
Anteontem, o novo diretor
de Política Econômica do BC,
Carlos Hamilton Vasconcelos,
disse que o impacto dessas medidas sobre o crédito depende
de cada banco. Ele lembrou, no
entanto, que o mercado prevê
expansão do crédito em 2010, e
não retração -mesma expectativa, aliás, do próprio BC.
"O impacto da decisão do BC
pode se dar em preço ou em
quantidade. As expectativas do
mercado sinalizam para uma
expansão do crédito em torno
de 20%", afirmou Vasconcelos.
Essas mudanças fazem parte
da "estratégia de saída" do governo para retirada dos incentivos dados na crise. Outro incentivo já retirado é a redução
de impostos para veículos.
(EDUARDO CUCOLO)
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