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Interior enfrenta calotes
da Folha Campinas
A inadimplência em Campinas (99 quilômetros a noroeste
da capital paulista) aumentou
53,29% no primeiro trimestre
de 98 em relação ao mesmo período do ano passado.
Este ano, a Acic (Associação
Comercial e Industrial de
Campinas) registrou a inclusão em seus arquivos de 41.920
inadimplentes, contra 27.347
no mesmo período de 97.
Em comparação com março
de 97, quando foram registrados 10.938 carnês sem pagamento, o aumento foi de
35,61%. Em março de 98 a Acic
foi informada da existência
14.833 carnês sem pagamento.
Em relação a fevereiro
(15.074 devedores) houve uma
queda de 1,6%.
O economista da Acic, Laerte
Martins, 57, disse que a queda
em relação a fevereiro surpreendeu o comércio de Campinas. "Normalmente, o nível
da inadimplência começa a diminuir em abril", afirmou.
Ele atribui a queda à necessidade que os inadimplentes têm
de "limpar o nome" para fazer
novas compras.
De acordo com uma pesquisa
realizada pela associação em
janeiro, 41% dos inadimplentes deixaram de pagar suas
contas porque estavam desempregados, 33% porque perderam o poder de compra e 26%
por descontrole dos gastos.
Falência
Os pedidos de falência também aumentaram em relação
ao ano e mês passados.
Em comparação a fevereiro
deste ano, o aumento foi de
58,3% -76 em março contra
48 em fevereiro.
Em março de 97 foram pedidas 44 falências, o que significa
um aumento de 72,73% em relação ao mesmo período de 98.
O número de pedidos de falências em março só perde para março de 96 e para julho de
96, quando foram requeridas
81 e 84 falências, respectivamente.
Martins disse que o fato de a
falência ser requerida não significa que a empresa irá fechar.
"Em alguns casos, os pedidos
(de falência) são feitos para
pressionar as empresas a pagar
suas dívidas", afirmou o economista.
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