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COMBUSTÍVEIS
Mistura é na gasolina
Montadoras aprovam até 25% de álcool
DENISE CHRISPIM MARIN
da Sucursal de Brasília
O MICT (Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo) já
conta com parecer favorável das
montadoras para o aumento da
proporção do álcool anidro misturado à gasolina de 22% para 24%.
Esse é o aval necessário para que
o Cima (Conselho Ministerial do
Açúcar e do Álcool) aprove a nova
proporção em sua próxima reunião, cuja data não foi marcada.
Em relatório técnico enviado ao
MICT nesta semana, a Anfavea
(Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores)
afirma que não haverá prejuízo
para os automóveis se for adicionado até 25% de álcool anidro.
Essa foi uma das idéias relacionadas com a reativação do Proálcool defendidas pelo ex-ministro
Francisco Dornelles, que voltou a
ser deputado federal pelo PPB.
Outra proposta que será decidida pelo Cima é o estímulo à substituição da frota de veículos oficiais
e dos automóveis particulares velhos por modelos novos e movidos
a álcool.
Esta última medida, entretanto,
dependeria da isenção ou redução
do IPI, que é federal, e do ICMS,
que é estadual.
Dornelles deixou o ministério
ontem. Seu sucessor, o embaixador José Botafogo Gonçalves
(também do PPB), afirmou ontem
que dará continuidade aos projetos do MICT que estão em andamento.
A reativação do Proálcool é considerada uma das prioridades do
governo para evitar desemprego
em regiões produtoras de cana-de-açúcar e álcool.
Erros
Em seu discurso de posse, o ministro Botafogo afirmou, em tom
de brincadeira, que assumirá seus
erros sozinho.
Ele foi indicado por Dornelles e
por seu último chefe, o ministro
Luiz Felipe Lampreia (Relações
Exteriores).
O novo ministro prometeu dar
ênfase ao desafio do governo de
atingir a meta de US$ 100 bilhões
de exportações até 2002 e de colocar em prática os instrumentos
para aumentar os embarques.
"O aumento das exportações
não exige inspiração. Exige concentração e transpiração", disse
ele, depois da cerimônia de posse.
Ele ainda afirmou que a consolidação da abertura comercial deverá ser feita "com prudência, de
maneira gradual e de forma equilibrada" e em "ritmo compatível
com os interesses dos empresários, trabalhadores e dos consumidores brasileiros".
A orientação é a mesma que Botafogo seguiu enquanto esteve em
seu último posto, a chefia da área
econômica do Itamaraty. Nessa
função, ele liderou a equipe de negociadores brasileiros na Alca
(Área de Livre Comércio das Américas), Mercosul e OMC (Organização Mundial do Comércio).
Na próxima terça-feira, o diretor-geral do Departamento Econômico do Itamaraty, embaixador
José Alfredo Graça Lima, assumirá
o antigo cargo de Botafogo.
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