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CÂMBIO
Volume de março é recorde
Entrada de recursos
chega a US$ 11,95 bi
da Sucursal de Brasília
O ingresso de recursos externos
pelo mercado de câmbio de taxas
livres -em que se realizam as
operações de comércio, investimentos, financiamentos e empréstimos- fechou o mês de março em US$ 11,950 bilhões, um recorde.
Esse valor é 3,2 vezes maior do
que a entrada líquida nesse segmento em todo o mês de dezembro, quando já vigoravam as altas
taxas de juros impostas pelo governo em outubro.
O valor acumulado neste ano
chega a US$ 20,794 bilhões, superando a entrada de todo o ano passado, que ficou em US$ 17,663 bilhões, conforme dados do Banco
Central.
Em fevereiro, entraram no país
pelo mercado de taxas livres, também conhecido como comercial,
US$ 6,280 bilhões. Antes disso, o
ingresso mensal sempre ficou em
patamar abaixo de US$ 4 milhões.
A entrada de dólares aumenta as
reservas em moeda estrangeira do
BC, que sofreram uma queda depois do auge da crise asiática. O
lado ruim é que o BC é obrigado a
comprar dólares por meio da venda de títulos. Com isso, aumentam
a dívida pública, as despesas com
juros e o déficit público.
Metas
As reservas internacionais devem fechar o mês de março em
mais de US$ 65 bilhões, segundo a
chefe do Departamento de Operações das Reservas Internacionais
do BC, Maria do Socorro Carvalho.
A expectativa da equipe econômica é que o ingresso de moeda
estrangeira tenha uma redução
mais à frente devido às medidas
adotadas pelo governo para dificultar a entrada de dólares.
O BC ampliou de um para dois
anos o prazo médio para a contratação de empréstimos no exterior.
Além disso, reduziu em 50% as
aplicações de recursos captados
no exterior por meio da resolução
"63 caipira" -que regulamenta os
ingressos destinados à agropecuária- em títulos com correção
cambial.
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