|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Motorista é baleado no Rio Grande do Sul
da Agência Folha
O primeiro dia de greve dos caminhoneiros foi marcado por
violência e prisão no Rio Grande
do Sul, onde um motorista foi ferido e outro, preso. No restante do
país, não foram registradas ocorrências graves.
Acélio Santos da Silva, 34, levou
um tiro no queixo, conforme a
polícia, em Torres (RS). O autor
do disparo não foi identificado.
Marcos Pereira de Lima foi preso
em Três Cachoeiras (RS), acusado
de apedrejar um caminhão.
Em Sombrio (SC), cerca de cem
caminhoneiros fizeram piquetes
na BR-101, impediram a passagem de caminhões e liberaram os
que transportavam alimentos perecíveis. A Polícia Rodoviária não
permitiu que caminhões ficassem
no acostamento. Houve discussão entre grevistas e policiais.
Cerca de cem caminhoneiros se
concentraram na BR-116, em
frente à Companhia de Abastecimento de Alimentos. No início da
tarde, fizeram uma passeata. Segundo a Polícia Rodoviária, o movimento de caminhões foi normal. Para o Movimento União
Brasil Caminhoneiro no Paraná,
95% da categoria aderiu à greve.
Na Bahia, os caminhoneiros
bloquearam duas rodovias -km
528 da BR-324 e na BR-116, na altura de Santo Estevão.
Cerca de 200 caminhões participaram dos bloqueios, segundo a
Polícia Rodoviária Federal. Os
manifestantes estimam o dobro.
Para o União Brasil Caminhoneiro, cerca de 15 mil caminhões aderiram à greve. A polícia afirmou
que foram 3.000.
Ontem de manhã, 500 manifestantes chegaram a bloquear totalmente a BR-324, na entrada de
Feira de Santana, por dez minutos. O trânsito ficou lento. Eles
reivindicam segurança e melhores condições de tráfego.
Mais de 90% dos 5.000 caminhoneiros autônomos da Baixada Santista pararam ontem, segundo o presidente do Sindicato
dos Transportadores Rodoviários
Autônomos de Bens da região,
Heraldo Gomes de Andrade. Não
houve bloqueios.
No porto, a greve não gerou
consequências ontem. Os navios
movimentaram mercadorias que
já estavam nos armazéns e pátios
e, por isso, prescindiam dos caminhões. Produtos como soja e açúcar saem dos terminais para os
navios por meio de esteiras automáticas. No caso de contêineres,
são usadas empilhadeiras.
No interior de São Paulo, cerca
de 300 caminhoneiros ocuparam
pela manhã o pátio do posto Gigantão, na rodovia SP-333, km
322, em Marília. A Polícia Rodoviária impediu o bloqueio, e o
movimento enfraqueceu.
Cerca de 10 mil caminhoneiros
deixaram de circular em Mato
Grosso do Sul, segundo a coordenadoria regional do Movimento
União Brasil Caminhoneiro. Para
a Polícia Rodoviária, o tráfego de
veículos não foi prejudicado, pois
não houve bloqueios.
O movimento de caminhões
nas estradas de Minas Gerais foi
considerado normal pelas polícias rodoviárias estadual e federal.
Não foi registrado nenhum tipo
de paralisação ou piquete nas estradas.
Texto Anterior: Líder caminhoneiro mantém a greve Próximo Texto: Plano de emergência tem 8.500 homens Índice
|