São Paulo, terça-feira, 02 de maio de 2000


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Motorista é baleado no Rio Grande do Sul

da Agência Folha

O primeiro dia de greve dos caminhoneiros foi marcado por violência e prisão no Rio Grande do Sul, onde um motorista foi ferido e outro, preso. No restante do país, não foram registradas ocorrências graves.
Acélio Santos da Silva, 34, levou um tiro no queixo, conforme a polícia, em Torres (RS). O autor do disparo não foi identificado. Marcos Pereira de Lima foi preso em Três Cachoeiras (RS), acusado de apedrejar um caminhão.
Em Sombrio (SC), cerca de cem caminhoneiros fizeram piquetes na BR-101, impediram a passagem de caminhões e liberaram os que transportavam alimentos perecíveis. A Polícia Rodoviária não permitiu que caminhões ficassem no acostamento. Houve discussão entre grevistas e policiais.
Cerca de cem caminhoneiros se concentraram na BR-116, em frente à Companhia de Abastecimento de Alimentos. No início da tarde, fizeram uma passeata. Segundo a Polícia Rodoviária, o movimento de caminhões foi normal. Para o Movimento União Brasil Caminhoneiro no Paraná, 95% da categoria aderiu à greve.
Na Bahia, os caminhoneiros bloquearam duas rodovias -km 528 da BR-324 e na BR-116, na altura de Santo Estevão.
Cerca de 200 caminhões participaram dos bloqueios, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Os manifestantes estimam o dobro. Para o União Brasil Caminhoneiro, cerca de 15 mil caminhões aderiram à greve. A polícia afirmou que foram 3.000.
Ontem de manhã, 500 manifestantes chegaram a bloquear totalmente a BR-324, na entrada de Feira de Santana, por dez minutos. O trânsito ficou lento. Eles reivindicam segurança e melhores condições de tráfego.
Mais de 90% dos 5.000 caminhoneiros autônomos da Baixada Santista pararam ontem, segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da região, Heraldo Gomes de Andrade. Não houve bloqueios.
No porto, a greve não gerou consequências ontem. Os navios movimentaram mercadorias que já estavam nos armazéns e pátios e, por isso, prescindiam dos caminhões. Produtos como soja e açúcar saem dos terminais para os navios por meio de esteiras automáticas. No caso de contêineres, são usadas empilhadeiras.
No interior de São Paulo, cerca de 300 caminhoneiros ocuparam pela manhã o pátio do posto Gigantão, na rodovia SP-333, km 322, em Marília. A Polícia Rodoviária impediu o bloqueio, e o movimento enfraqueceu.
Cerca de 10 mil caminhoneiros deixaram de circular em Mato Grosso do Sul, segundo a coordenadoria regional do Movimento União Brasil Caminhoneiro. Para a Polícia Rodoviária, o tráfego de veículos não foi prejudicado, pois não houve bloqueios.
O movimento de caminhões nas estradas de Minas Gerais foi considerado normal pelas polícias rodoviárias estadual e federal. Não foi registrado nenhum tipo de paralisação ou piquete nas estradas.


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