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Entidades apóiam propostas do governo
da Sucursal de Brasília
Entidades que representam os
transportadores de carga apoiaram as medidas propostas pelo
governo federal para encerrar a
greve dos caminhoneiros. Para as
associações, a criação do vale-pedágio não deve implicar aumento
de preços ao consumidor.
Na opinião de Alfredo Peres da
Silva, diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores de Carga (ANTC), o custo
do pedágio é muito pequeno em
relação ao valor total das cargas
transportadas. Assim, os donos
da carga e embarcadores devem
arcar com os custos sem repassá-los aos caminhoneiros nem aos
consumidores.
"O custo do pedágio é muito diluído e o impacto no preço final é
pequeno." Ele ressaltou que o número de rodovias com pedágio é
muito pequeno e concentrado
nas regiões Sul e Sudeste.
Destacou ainda que cerca de
50% da frota brasileira é composta por caminhões das próprias
empresas donas da carga e são dirigidos por motoristas contratados. "Metade da frota já paga pedágio, e para essas cargas nada irá
mudar." A ANTC estima que
exista hoje no Brasil cerca de 1,2
milhão de caminhões em trânsito
nas estradas.
Silva defende a criação de uma
tabela de preços de frete, mas considera que ela deve ser um referencial -o preço deve continuar
sendo regulado pelo mercado.
Outra entidade que reúne transportadores, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT),
tem opinião semelhante. O presidente da confederação, Clésio
Andrade, também defende o vale-pedágio, mas receia que a medida
reduza o valor do frete.
"Se houver redução no preço do
frete, não pode passar de 1%." Ele
considerou um avanço para o fim
da greve a decisão do governo de
endurecer o combate ao roubo de
caminhões e a flexibilização na
pesagem dos caminhões.
Andrade espera que essa negociação ocorra ainda hoje, para evitar que o movimento cresça e gere
desabastecimento. Para ele, se
não houver um acordo, mais de
50% dos caminhões devem deixar
de circular a partir de hoje.
""Acredito que a paralisação não
será tão grande quanto o Nélio
Botelho pensa nem tão pequena
quanto o governo quer."
(OC)
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