São Paulo, quinta-feira, 02 de agosto de 2001

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Corte de salário pode aumentar

DE BUENOS AIRES

A queda de 8,7% na arrecadação fiscal argentina em julho poderá obrigar o governo a efetuar cortes ainda maiores que os atuais 13% nos salários dos funcionários públicos e nas aposentadorias, segundo admitiram diversos membros do governo.
O chefe de Gabinete de Ministros, Chrystian Colombo, disse ter "esperança" de que um ajuste mais drástico não seja necessário, mas afirmou que não pode ter "certeza" disso. "As pessoas devem estar preparadas para uma crise profunda", disse.
O secretário de Política Econômica, Frederico Sturzenegger, também admitiu que se for necessário um corte de 20% para cumprir a meta de déficit zero, o governo seria obrigado a isso.
"O déficit zero tem que funcionar por uma questão de necessidade, porque não temos dinheiro e não vamos poder gastar mais do que arrecadamos", afirmou Sturzenegger em entrevista concedida ao jornal "La Nación".

Mês a mês
A lei de ajuste fiscal, aprovada na madrugada de segunda-feira pelo Senado argentino, não estabelece o quanto devem ser cortados dos salários e aposentadorias. Isso será decidido mês a mês pelo governo, com base nos dados da arrecadação fiscal.
(RW)


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