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COMÉRCIO EXTERIOR
Alta de produtos básicos impulsiona avanço das vendas, que superam US$ 11 bi; saldo atinge US$ 5 bi
Exportação e superávit são recorde em julho
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O superávit da balança comercial e as exportações alcançaram
resultados recordes no mês passado, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento. Impulsionadas pelo aumento de preços no mercado internacional, as exportações ultrapassaram, pela
primeira vez, a casa dos US$ 11 bilhões em um único mês e ajudaram o superávit a chegar a US$
5,011 bilhões, outro recorde.
É o segundo mês seguido de recorde nas exportações, que, em
junho, haviam superado os US$
10 bilhões pela primeira vez. As
vendas ao exterior entre janeiro e
julho somaram US$ 64,738 bilhões, 23,8% maior que o registrado em igual período de 2004.
O governo quer atingir, neste
ano, US$ 112 bilhões em exportações. "Essa projeção pode até ser
superada", diz o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, que tomou
posse ontem, no lugar do ministro das Cidades, Márcio Fortes.
Em julho, o maior crescimento
nas exportações foi observado
nos chamados produtos básicos,
como minérios, carnes e produtos
agrícolas. O país vendeu, em média, US$ 183,1 milhões dessas
mercadorias a cada dia útil do
mês, número 31,3% maior que a
média de junho. Se comparado
com julho do ano passado, o crescimento foi de 45,1%.
Segundo Ramalho, o aumento
na cotação desses produtos ajudou a puxar o desempenho. "Não
foi o único motivo, mas [a balança
comercial] foi favorecida pelo aumento de preços de muitos produtos que têm um peso importante na pauta de exportações."
É o caso, por exemplo, do minério de ferro, que, em julho, foi o
terceiro produto mais vendido
pelo Brasil, que ficou 55,2% mais
caro no mês passado em relação a
julho de 2004, diz o ministério.
Os preços dos óleos combustíveis subiram 52,9% desde julho
de 2004. Já café em grão e carne
suína, também com peso importante nas exportações, tiveram altas de 51,8% e 29,5%.
Os dados de julho também foram afetados positivamente por
uma falha burocrática. De acordo
com Ramalho, houve atraso na
contabilização de exportações de
petróleo da Petrobras no valor de
US$ 300 milhões, e a operação
acabou sendo incluída nas estatísticas só no mês passado.
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