São Paulo, terça-feira, 02 de agosto de 2005

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COMÉRCIO EXTERIOR

Alta de produtos básicos impulsiona avanço das vendas, que superam US$ 11 bi; saldo atinge US$ 5 bi

Exportação e superávit são recorde em julho

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O superávit da balança comercial e as exportações alcançaram resultados recordes no mês passado, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento. Impulsionadas pelo aumento de preços no mercado internacional, as exportações ultrapassaram, pela primeira vez, a casa dos US$ 11 bilhões em um único mês e ajudaram o superávit a chegar a US$ 5,011 bilhões, outro recorde.
É o segundo mês seguido de recorde nas exportações, que, em junho, haviam superado os US$ 10 bilhões pela primeira vez. As vendas ao exterior entre janeiro e julho somaram US$ 64,738 bilhões, 23,8% maior que o registrado em igual período de 2004.
O governo quer atingir, neste ano, US$ 112 bilhões em exportações. "Essa projeção pode até ser superada", diz o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, que tomou posse ontem, no lugar do ministro das Cidades, Márcio Fortes.
Em julho, o maior crescimento nas exportações foi observado nos chamados produtos básicos, como minérios, carnes e produtos agrícolas. O país vendeu, em média, US$ 183,1 milhões dessas mercadorias a cada dia útil do mês, número 31,3% maior que a média de junho. Se comparado com julho do ano passado, o crescimento foi de 45,1%.
Segundo Ramalho, o aumento na cotação desses produtos ajudou a puxar o desempenho. "Não foi o único motivo, mas [a balança comercial] foi favorecida pelo aumento de preços de muitos produtos que têm um peso importante na pauta de exportações."
É o caso, por exemplo, do minério de ferro, que, em julho, foi o terceiro produto mais vendido pelo Brasil, que ficou 55,2% mais caro no mês passado em relação a julho de 2004, diz o ministério.
Os preços dos óleos combustíveis subiram 52,9% desde julho de 2004. Já café em grão e carne suína, também com peso importante nas exportações, tiveram altas de 51,8% e 29,5%.
Os dados de julho também foram afetados positivamente por uma falha burocrática. De acordo com Ramalho, houve atraso na contabilização de exportações de petróleo da Petrobras no valor de US$ 300 milhões, e a operação acabou sendo incluída nas estatísticas só no mês passado.

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