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Calote pode atingir 52% dos consumidores
DA REPORTAGEM LOCAL
Continua elevado o número
de consumidores com contas
em atraso no varejo e essa inadimplência pode atrapalhar os
planos das lojas com as liquidações.
Dados apresentados ontem
mostram que a previsão é que
neste mês o total de endividados com contas em atraso atinja 52% na região metropolitana
de São Paulo. Em igual período
de 2004, a taxa era de 44%, de
acordo com a Fecomercio/SP.
Ao mesmo tempo, a entidade
informou ontem que as liquidações de inverno, que começaram há mais de duas semanas, elevaram em 10% as vendas das lojas. O número é considerado tímido pela federação.
"A taxa [de aumento] é discreta. Porém, o varejo já se
acostumou a enfrentar diferentes gargalos em outros momentos delicados e acreditamos que conseguirá passar por
isso sem carregar grandes estoques para a próxima estação",
afirmou Abram Szajman, presidente da Fecomercio/SP.
Desde maio, o total de endividados com contas em aberto
-com data de vencimento superior a um dia, pela metodologia da federação- tem aumentado.
Historicamente, esse número
sobe no quarto ou quinto mês
do ano -quando o consumidor já pagou as primeiras parcelas mas percebe que, após
um primeiro momento, terá
dificuldades para arcar com todo o plano de pagamento.
O que acontece é que neste
ano a alta no calote não se limitou aos meses de abril e maio.
Em julho, 49% dos ouvidos -a
Fecomercio entrevista mil pessoas nas ruas- tinha contas
não-quitadas. Em agosto, subiu para 52%. Sem ganhos reais
na renda há meses, o brasileiro
tem dificuldade para quitar
seus débitos.
Dados publicados ontem pela ACSP mostram que subiu a
taxa de inadimplência líquida
(número de pessoas que pagaram as contas menos o número
de pessoas que deixaram de pagar). Em julho de 2004, esse número era de 3,3%. No mês passado, atingiu 4,2%. No entanto,
o resultado é inferior ao do mês
anterior -em junho de 2005,
chegou a 5,1%. (AM)
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