São Paulo, terça-feira, 02 de agosto de 2005

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Empresa venderá subsidiárias

DA FOLHA ONLINE, NO RIO

O presidente do Conselho de Administração da Varig, David Zylbersztajn, e o presidente executivo da companhia, Omar Carneiro da Cunha, confirmaram ontem que existem seis grupos nacionais e estrangeiros interessados na compra das subsidiárias VarigLog (empresa que atua na área de cargas) e VEM (Varig Engenharia e Manutenção).
Zylbersztajn descreve as duas empresas como "muito rentáveis". Segundo o presidente do Conselho, a participação da VarigLog na área de cargas ainda é incipiente em relação ao seu potencial, mas a VEM é uma das dez maiores empresas do mundo, a maior do hemisfério Sul.
Apesar disso, a Varig deve priorizar a aviação no plano de reestruturação. A idéia é elevar a oferta nas áreas de grande densidade de tráfego. "O foco é a companhia aérea. A VEM é uma empresa rentável, mas, para ter manutenção, não precisa ser necessariamente dono da empresa. Não adianta ter filhotes rentáveis se a mãe precisa de rentabilidade."
O presidente executivo também teceu elogios às empresas, mas destacou que o processo de recuperação judicial da Varig está afetando investimentos essenciais para que elas continuem a crescer. "Queremos libertar essas empresas, se for necessário, para que elas possam cumprir seu potencial de mercado", afirmou.
A venda fracionada de ativos poderia incluir também a Sata (suporte terrestre), mas até agora não houve manifestação de interesse pela empresa, segundo Carneiro da Cunha.
O presidente executivo da companhia aérea afirmou que a Varig pode simplesmente diluir sua participação acionária nessas empresas. "A Varig não necessariamente deixará de ser acionista. Diluir a participação não significa que ela deixará de ter ligação com essas empresas."
A decisão dependerá de uma avaliação cuidadosa sobre o impacto que a venda pode exercer sobre a Varig. Além disso, a venda fracionada precisa contar com o aval da FRB (Fundação Ruben Berta), dona de 87% das ações da companhia.
De acordo com presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rubem Berta, Osvaldo Curi, o conselho não tem restrições prévias à proposta, mas precisará analisar o projeto como um todo antes de se pronunciar.
"As pessoas do conselho estão muito cientes de que, para fazer uma análise crítica, é preciso olhar o projeto como um todo", afirmou. (JL)

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