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Empresa venderá subsidiárias
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
O presidente do Conselho de
Administração da Varig, David
Zylbersztajn, e o presidente executivo da companhia, Omar Carneiro da Cunha, confirmaram ontem que existem seis grupos nacionais e estrangeiros interessados na compra das subsidiárias
VarigLog (empresa que atua na
área de cargas) e VEM (Varig Engenharia e Manutenção).
Zylbersztajn descreve as duas
empresas como "muito rentáveis". Segundo o presidente do
Conselho, a participação da VarigLog na área de cargas ainda é incipiente em relação ao seu potencial, mas a VEM é uma das dez
maiores empresas do mundo, a
maior do hemisfério Sul.
Apesar disso, a Varig deve priorizar a aviação no plano de reestruturação. A idéia é elevar a oferta nas áreas de grande densidade
de tráfego. "O foco é a companhia
aérea. A VEM é uma empresa rentável, mas, para ter manutenção,
não precisa ser necessariamente
dono da empresa. Não adianta ter
filhotes rentáveis se a mãe precisa
de rentabilidade."
O presidente executivo também
teceu elogios às empresas, mas
destacou que o processo de recuperação judicial da Varig está afetando investimentos essenciais
para que elas continuem a crescer.
"Queremos libertar essas empresas, se for necessário, para que
elas possam cumprir seu potencial de mercado", afirmou.
A venda fracionada de ativos
poderia incluir também a Sata
(suporte terrestre), mas até agora
não houve manifestação de interesse pela empresa, segundo Carneiro da Cunha.
O presidente executivo da companhia aérea afirmou que a Varig
pode simplesmente diluir sua
participação acionária nessas empresas. "A Varig não necessariamente deixará de ser acionista.
Diluir a participação não significa
que ela deixará de ter ligação com
essas empresas."
A decisão dependerá de uma
avaliação cuidadosa sobre o impacto que a venda pode exercer
sobre a Varig. Além disso, a venda
fracionada precisa contar com o
aval da FRB (Fundação Ruben
Berta), dona de 87% das ações da
companhia.
De acordo com presidente do
Conselho de Curadores da Fundação Rubem Berta, Osvaldo Curi, o conselho não tem restrições
prévias à proposta, mas precisará
analisar o projeto como um todo
antes de se pronunciar.
"As pessoas do conselho estão
muito cientes de que, para fazer
uma análise crítica, é preciso
olhar o projeto como um todo",
afirmou. (JL)
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