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Porto de Santos é alvo de inspeção
DA REPORTAGEM LOCAL
A área aduaneira do Porto de
Santos foi alvo ontem de uma inspeção judicial determinada pela
desembargadora federal Marli
Ferreira, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região.
O objetivo da inspeção é verificar se a liberação das mercadorias
está ou não sendo prejudicada pela operação padrão (atividade
mais lenta) dos fiscais da Receita
Federal -que protestam há cerca
de dois meses contra a reforma da
Previdência.
Em agosto, o Ciesp (Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo) entrou com um mandado de
segurança coletivo na 8ª vara da
Justiça Federal, em São Paulo, pedindo a liberação de mercadorias
retidas por causa do protesto.
Em 12 de agosto, saiu uma liminar determinando que as mercadorias das 8.000 empresas associadas ao Ciesp retidas em alfândegas no Estado fossem liberadas.
Uma semana depois, a Procuradoria da Fazenda Nacional conseguiu a suspensão dessa liminar ao
alegar que a operação padrão não
estaria prejudicando a liberação
de mercadorias.
Como o Ciesp protestou, apresentando documentos mostrando que muitas mercadorias ainda
estavam sendo retidas, o TRF determinou a inspeção no Porto de
Santos e nos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos,
em Campinas.
Hoje, a verificação deve acontecer na alfândega do aeroporto de
Viracopos, em Campinas.
Segundo o Unafisco (Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais da
Receita Federal), a liminar foi
cumprida pelos fiscais de 12 a 19
de agosto. O sindicato, que decide
hoje se a operação padrão vai
continuar, não garante se a liberação das mercadorias durante o
período foi feita após a fiscalização ou se foi automática. A estimativa é que 90% dos fiscais estejam envolvidos no protesto.
As indústrias paulistas ligadas à
Abimaq (Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos) também conseguiram liminar para liberar mercadorias
retidas em portos e aeroportos de
São Paulo.
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