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Furlan não vê "ameaça do Copom"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) disse que
os resultados alcançados pela balança comercial neste ano são
"um bom sinal" de que o processo
de retomada de crescimento da
economia está se consolidando.
No primeiro semestre houve crescimento de 4,2% em relação a
igual período de 2003.
Para ele, o aumento das importações ocorrido no mês passado é
um fato "auspicioso", que reflete
os investimentos que as empresas
estariam fazendo para expandir
sua produção.
"É importante olhar para o perfil desse aumento das importações, porque ele está concentrado
em máquinas e equipamentos."
Além disso, segundo Furlan, muitos desses produtos entram no
país num regime especial conhecido como "drawback", no qual
os importados pagam menos impostos para serem utilizados, no
Brasil, na produção de mercadorias que serão depois exportadas.
Embora diga que o resultado da
balança comercial como um todo
-e das importações em especial- reflita o crescimento da
economia, Furlan afirmou que
são necessários mais investimentos para que as empresas possam
continuar exportando e, ao mesmo tempo, atendendo ao mercado interno. "Este é um momento
para os empresários ampliarem
sua produção, para que possam
atender não só a demanda interna
mas que, principalmente, continuem a atender seus clientes no
exterior."
Ao mesmo tempo em que falou
da necessidade dos investimentos, o ministro minimizou o efeito
que as recentes sinalizações do
Banco Central sobre o comportamento dos juros pode ter sobre o
setor privado. Desde o final de julho, o Copom (Comitê de Política
Monetária do BC) tem indicado
que pode elevar os juros para conter pressões inflacionárias. "Não
existe ameaça do Copom", disse.
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