São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2004

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Furlan não vê "ameaça do Copom"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) disse que os resultados alcançados pela balança comercial neste ano são "um bom sinal" de que o processo de retomada de crescimento da economia está se consolidando. No primeiro semestre houve crescimento de 4,2% em relação a igual período de 2003.
Para ele, o aumento das importações ocorrido no mês passado é um fato "auspicioso", que reflete os investimentos que as empresas estariam fazendo para expandir sua produção.
"É importante olhar para o perfil desse aumento das importações, porque ele está concentrado em máquinas e equipamentos." Além disso, segundo Furlan, muitos desses produtos entram no país num regime especial conhecido como "drawback", no qual os importados pagam menos impostos para serem utilizados, no Brasil, na produção de mercadorias que serão depois exportadas.
Embora diga que o resultado da balança comercial como um todo -e das importações em especial- reflita o crescimento da economia, Furlan afirmou que são necessários mais investimentos para que as empresas possam continuar exportando e, ao mesmo tempo, atendendo ao mercado interno. "Este é um momento para os empresários ampliarem sua produção, para que possam atender não só a demanda interna mas que, principalmente, continuem a atender seus clientes no exterior."
Ao mesmo tempo em que falou da necessidade dos investimentos, o ministro minimizou o efeito que as recentes sinalizações do Banco Central sobre o comportamento dos juros pode ter sobre o setor privado. Desde o final de julho, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) tem indicado que pode elevar os juros para conter pressões inflacionárias. "Não existe ameaça do Copom", disse.


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