São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2004

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Em Brasília, Skaf defende projeto e afirma que juros não vão subir

FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Identificado com o governo Luiz Inácio Lula da Silva, o novo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, disse ontem que vai se empenhar na aprovação da PPP (Parceria Público-Privada), projeto considerado essencial para o Planalto e que está parado no Senado desde março.
Skaf afirmou que não vai haver aumento da taxa de juros. "Aposto que os juros não vão subir. Vamos cortar a expectativa inflacionária, que gera uma expectativa de aumento da taxa de juros. Escreva aí e me cobre depois da reunião do Copom: não vai haver aumento dos juros", disse ele, após encontro com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Na semana passada, o BC sinalizou que os juros poderiam subir para controlar a inflação.
Candidato oposicionista, Skaf foi eleito na semana passada ao derrotar Claudio Vaz, da situação, por 70 votos a 52.
Para ele, um dos gargalos para o crescimento duradouro do país é a infra-estrutura, assim como a carga tributária elevada, os juros altos e a falta de crédito.
"Não podemos ter crescimento sustentado com gargalos na infra-estrutura. É importante que haja investimentos, não necessariamente públicos. Há recursos na iniciativa privada e no exterior que querem vir para o Brasil", disse ele. O objetivo principal das PPPs é viabilizar investimentos para obras de infra-estrutura.
Skaf se reuniu ontem pela manhã com lideranças governistas e da oposição no Senado. Conversou ainda com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, e com o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Edson Vidigal. Hoje terá reunião com Lula.
Após a reunião com Palocci, Skaf disse que conversaram sobre a carga tributária, mas que haverá um trabalho conjunto para avaliar quais impostos poderão ser reduzidos.


Colaborou a Sucursal de Brasília


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