São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2004

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Bate-boca marca sessão do caso Nestlé-Garoto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Uma seqüência de bate-bocas sobre o caso da fusão Nestlé-Garoto quebrou ontem a sobriedade tradicional das sessões do Cade. As discussões ocorreram em meio à votação de um despacho apresentado pelo conselheiro Luiz Alberto Scaloppe para realizar uma audiência pública hoje em Vitória (ES) sobre o processo.
No final das discussões, a maioria dos conselheiros aceitou o pedido para a realização da audiência. Um dos motivos para as desavenças era a possibilidade de a reunião ser considerada uma reabertura da fase de instrução do processo.
Pela regras do Cade, a instrução já está encerrada pois a votação do caso está em curso. Em julho, o ex-relator do caso, conselheiro Thompson Andrade, apresentou seu voto sobre a proposta da Nestlé para evitar o fim da fusão. Andrade não aceitou a proposta.
As brigas internas expõem a divisão que tem ocorrido dentro do conselho desde que, em fevereiro deste ano, a autarquia vetou a fusão. A Nestlé entrou com recurso. Embora o primeiro julgamento tenha sido realizado por um Cade com formação diferente da atual, o clima de disputa continua existindo entre os conselheiros.
O atual relator do caso Nestlé-Garoto, conselheiro Ricardo Cueva, chegou a se levantar da cadeira para deixar o plenário durante o bate-boca.


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