São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Valorização do petróleo também influencia nos negócios; dólar sobe 0,14% e fecha a R$ 2,933

Bolsa recua 1,27% sob temor de alta do juro

SÉRGIO RIPARDO
DA FOLHA ONLINE

Após liderar em agosto o ranking dos investimentos, a Bovespa começou o mês de setembro em queda de 1,27%, prejudicada pela possibilidade de uma elevação dos juros pelo Copom (Comitê de Política Monetária) no próximo dia 15.
O mercado também foi influenciado ontem pela alta do petróleo, o que eleva a preocupação com a alta da inflação.
O dólar interrompeu uma seqüência de três dias de baixa e registrou leve alta de 0,14%, vendido a R$ 2,933. As compras de divisas por importadores pressionaram a cotação.
"Na dúvida se o dólar ficará abaixo de R$ 2,93, os importadores preferiram comprar logo para não perder a oportunidade. Há também muita incerteza e especulação se o Banco Central vai aumentar o juro neste mês", disse Carlos Benites, gerente da corretora Moeda.
Na semana passada, a ata do Copom reforçou os sinais de que os juros -mantidos em 16% na reunião de agosto- podem subir para conter a inflação, pressionada no último mês pelos reajustes de produtos como o aço.
"Estou cético se o Banco Central voltará a cortar o juro neste ano. Mas espero que o Copom não tome a decisão de subir a taxa, porque isso inibiria o consumo e desestimularia o crescimento da economia, o que é ruim para o lucro das empresas", disse o diretor do portal financeiro Acionista, Ricardo Guerses.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o principal contrato de juro encerrou projetando taxa de 16,75% em janeiro, acima dos 16,58% sinalizados na quinta-feira passada, quando foi divulgada a ata do Copom.

Telemar
Ontem, a ação preferencial (sem direito a voto) da Telemar, a mais negociada da Bolsa, caiu 2,26%. De acordo com operadores, o motivo foi a perda de espaço do papel na nova carteira do Ibovespa, que vigora de setembro até dezembro. Fundos de investimentos venderam as ações da Telemar para ajustar suas posições à nova carteira.
Outra mudança da nova carteira é que mais uma empresa passou a integrar o Ibovespa, que agora totaliza 55 ações, com a inclusão do papel da Caemi, mineradora controlada pela Vale do Rio Doce.


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