São Paulo, sábado, 02 de setembro de 2006

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Presidente diz que empresa "descontrata"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao tratar ontem da crise na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, o presidente Lula "tucanou" as dispensas na empresa automobilística. Nas palavras do petista, demitir se transformou em "descontratar".
"No mundo do trabalho é assim: quando a empresa está produzindo mais, ela contrata mais; quando está produzindo menos, ela descontrata as pessoas. Sempre foi assim e sempre será assim", afirmou Lula, quando comentava as demissões de 1.800 funcionários. Ele disse que não iria fazer do assunto um "cavalo de batalha".
Antes crítico de eufemismos para traduzir circunstâncias adversas, os integrantes do governo e do PT aderiram à prática. O exemplo mais famoso é a transformação do caixa dois de campanha em "dinheiro não contabilizado", expressão consagrada pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Lula deu a declaração em entrevista depois da apresentação da Fiat de dois novos carros da empresa, em evento no térreo do Palácio do Planalto, em Brasília.
De bom humor, ele dirigiu um dos dois carros, um Palio elétrico, andando poucos metros para a frente. Depois deu ré e parou onde o veículo estava.
Ainda entrou no outro, um Siena que funciona com quatro tipos de combustível, e fez perguntas aos representantes da montadora. Quando saía do veículo, ainda atendeu a pedidos de fotógrafos e voltou para dentro do carro, posando para fotos e sorrindo.
Lula aproveitou o fato de os dois veículos serem movidos a energias alternativas -um elétrico, outro com vários tipos de combustível- para fazer um discurso sobre a capacidade energética do país, um de seus temas prediletos.
"Tenho dito que quem viver mais alguns anos verá que o Brasil será a maior potência energética do mundo, porque nós temos condições, temos a tecnologia, e temos disposição política de fazer isso", afirmou Lula. (ES E PDL)


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