|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Moeda registra maior queda em dois meses
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar caiu pelo segundo dia
consecutivo ontem. A moeda dos
EUA fechou a R$ 3,61, em baixa
de 4%. Na maior queda diária em
dois meses, o dólar atingiu seu
menor valor desde 23 de setembro. Na semana, a baixa é de 7%.
O risco Brasil, calculado pelo banco JP Morgan, caiu 7,4% para
2.219 pontos.
Uma intervenção mais forte do
Banco Central e a passagem do
vencimento de dívida cambial do
governo explicariam a queda do
dólar. Além disso, alguns investidores estariam vendendo a moeda para embolsar os ganhos, após
a forte alta dos últimos dias.
O próximo vencimento de papel cambial é no dia 17 -o maior
do mês, de US$ 3,62 bilhões. A
operação ocorrerá depois do primeiro turno das eleições. Segundo Clive Botelho, diretor do banco Santos, o fato de não haver um
vencimento de dívida cambial para logo reduziu a pressão na moeda. O BC também teria vendido
uma maior quantidade de dólares
nos últimos dias. "Aparentemente, a instituição escolheu o melhor
momento para agir", diz Botelho.
O mercado de câmbio também
poderá viver um período de trégua nos próximos dias. Segundo
operadores, os grandes "players"
do mercado, os bancos, reduziram suas apostas na alta do dólar.
Algumas instituições fizeram o
que no jargão do mercado se chama "zeragem de posição", isto é,
desmontaram as operações de
aposta de desvalorização do real
no mercado futuro de câmbio.
Outros bancos optaram por mudar seu posicionamento nesse
mercado, vendendo a moeda norte-americana no futuro, o que indica que estão esperando que sua
cotação ceda nos próximos dias.
De acordo com Emanuel Pereira, sócio da Gap Asset Management, alguns investidores também resolveram reduzir suas posições no mercado de câmbio para apostar suas fichas na alta do
mercado de títulos da dívida externa brasileira, principalmente
dos C-Bonds, cujo preço caiu significativamente.
Texto Anterior: Dívida dá lucro de R$ 1,4 bi a bancos Próximo Texto: Opinião Econômica - Paulo Rabello de Castro: Eleições 2002: crescimento, fórmula para 2020 Índice
|