São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2001

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RACIONAMENTO

Consumo tem alta

Nenhuma região atinge a meta em novembro

JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Novembro foi o pior mês do racionamento no Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste -regiões que mais preocupam o governo. A economia de energia ficou muito longe da meta de 20%, registrando 12,6% no Nordeste e 15,2% no Sudeste/Centro-Oeste. No Norte, a redução alcançou 19,5%.
Os dados foram divulgados ontem pelo ONS (Operador Nacional do Sistema). Pelo segundo mês seguido, nenhuma das regiões conseguiu cumprir a meta. Desde que o programa começou, em junho, foi a quarta vez em que todas as áreas não atingem o índice de economia estabelecido pelo "ministério do apagão".
Ontem, entraram em vigor as novas metas do racionamento, que valerão até fevereiro. Para os consumidores residenciais e comerciais até 2.500 kW, essas regras valem a partir da leitura do relógio de luz deste mês. Para os grandes consumidores comerciais (acima de 2.500 kW), o novo índice já está em vigor.
Para o Norte, a redução de consumo obrigatória passa a ser de 5% para todos os municípios. No Sudeste/Centro-Oeste, a meta cai para 12% em geral. Para as cidades turísticas, o novo percentual é de 7%. No Nordeste, o índice de economia para o verão é 17% e, nos municípios turísticos, 12%.
O anúncio das novas metas foi um dos fatores que contribuíram para a disparada do consumo em novembro. No dia seguinte à divulgação, que ocorreu no último dia 22, houve um acentuado aumento no gasto diário e a tendência se manteve até o final do mês.
O ministro José Jorge (Minas e Energia) tem afirmado que esse relaxamento da população não é o principal alvo da atenção do governo agora. A situação dos reservatórios é o mais importante, avalia o ministro.
Segundo o ONS, o nível das barragens em todas as regiões está acima da curva guia (nível mínimo). A quantidade de chuvas no mês superou a expectativa do governo. No Sudeste/Centro-Oeste, o registro foi de 98%. No Norte, o quadro foi semelhante: 94%. No Nordeste, o volume de chuvas foi de 63%, e o esperado era de 56%.







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