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RACIONAMENTO
Consumo tem alta
Nenhuma região atinge a meta em novembro
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Novembro foi o pior mês do racionamento no Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste -regiões que
mais preocupam o governo. A
economia de energia ficou muito
longe da meta de 20%, registrando 12,6% no Nordeste e 15,2% no
Sudeste/Centro-Oeste. No Norte,
a redução alcançou 19,5%.
Os dados foram divulgados ontem pelo ONS (Operador Nacional do Sistema). Pelo segundo
mês seguido, nenhuma das regiões conseguiu cumprir a meta.
Desde que o programa começou,
em junho, foi a quarta vez em que
todas as áreas não atingem o índice de economia estabelecido pelo
"ministério do apagão".
Ontem, entraram em vigor as
novas metas do racionamento,
que valerão até fevereiro. Para os
consumidores residenciais e comerciais até 2.500 kW, essas regras valem a partir da leitura do
relógio de luz deste mês. Para os
grandes consumidores comerciais (acima de 2.500 kW), o novo
índice já está em vigor.
Para o Norte, a redução de consumo obrigatória passa a ser de
5% para todos os municípios. No
Sudeste/Centro-Oeste, a meta cai
para 12% em geral. Para as cidades turísticas, o novo percentual é
de 7%. No Nordeste, o índice de
economia para o verão é 17% e,
nos municípios turísticos, 12%.
O anúncio das novas metas foi
um dos fatores que contribuíram
para a disparada do consumo em
novembro. No dia seguinte à divulgação, que ocorreu no último
dia 22, houve um acentuado aumento no gasto diário e a tendência se manteve até o final do mês.
O ministro José Jorge (Minas e
Energia) tem afirmado que esse
relaxamento da população não é
o principal alvo da atenção do governo agora. A situação dos reservatórios é o mais importante, avalia o ministro.
Segundo o ONS, o nível das barragens em todas as regiões está
acima da curva guia (nível mínimo). A quantidade de chuvas no
mês superou a expectativa do governo. No Sudeste/Centro-Oeste,
o registro foi de 98%. No Norte, o
quadro foi semelhante: 94%. No
Nordeste, o volume de chuvas foi
de 63%, e o esperado era de 56%.
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