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OUTRO LADO
"Não há o que contestar", diz sindicalista
DA REPORTAGEM LOCAL
A Força Sindical e o Sindicato dos Metalúrgicos de São
Paulo entendem que a cobrança de taxa de negociação nos acordos coletivos favorece trabalhadores e patrões. "O trabalhador não
paga contribuição assistencial. Tiramos o ônus dele e
passamos para o empresário", diz Ramiro de Jesus
Pinto, do sindicato.
Segundo o sindicalista, esse tipo de acordo vem sendo
feito desde 99 e tem a aprovação, em assembléia, dos
trabalhadores. "Não há o
que contestar."
Sobre o fato de aplicar o
reajuste nos salários dois
meses após a data-base, o
presidente do sindicato diz
que não há nada na CLT que
impeça essa prática. "Onde
está escrito que o reajuste
tem de ser dado a partir de 1º
de novembro [data-base dos
metalúrgicos de São Paulo"?
Se o acordo coletivo não fosse feito, os trabalhadores ficariam sem correção salarial. Os funcionários públicos não ficaram anos sem
reajuste?"
Segundo o presidente do
sindicato, os bancários de
São Paulo (CUT) também
adiaram a aplicação do reajuste e negociaram abono
em sua data-base. "O aumento deles é somente em
novembro, quando a data-base é setembro. Por que eles
podem fazer e nós não?".
O presidente do Sindicato
dos Bancários, João Vaccari,
nega a semelhança entre os
acordos e ameaça processar
a Força. "Nosso reajuste de
5,5% é retroativo ao mês de
setembro. Os salários são
atualizados já em novembro.
Além disso há um abono de
R$ 1.100 e participação nos
lucros, pagos a partir deste
mês", afirma Vaccari. "Nesse sindicato [dos bancários"
só entra dinheiro do trabalhador. Não temos costume
de receber dinheiro do patrão, como os metalúrgicos
de São Paulo", diz.
O dinheiro arrecadado
com a taxa negocial é gasto
com cursos de requalificação profissional, diz a Força.
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