São Paulo, quarta, 2 de dezembro de 1998

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COMÉRCIO
Produtores de alimentos típicos de final de ano estão otimistas
Indústria de época espera vender mais neste Natal

SILVANA QUAGLIO
da Reportagem Local

A venda de produtos típicos de Natal deve ignorar a crise e aumentar cerca de 10% neste ano, sendo que alguns podem atingir 20% de aumento em relação a 97.
A Sadia investiu US$ 8 milhões na sua estratégia de vendas no final do ano. Segundo o diretor de vendas da empresa, Roberto Banfi, esse aumento praticamente já se concretizou na colocação do produto nos revendedores.
Neste ano, a Sadia contratou 1.500 promotores de venda -50% a mais do que em 97- para apresentar os produtos.
O aumento no consumo, em um ano em que se prevê um crescimento para a economia próximo a zero, se justifica por dois motivos, segundo Banfi: 1) as pessoas saem menos e passam a consumir produtos de melhor qualidade; 2) por causa da tradição.
A tradição é também o motor das vendas de panetone. "Com crise ou sem crise, todos vão querer comemorar o Natal, e nada melhor do que fazer isso com panetone, que além de simbólico custa pouco", afirma Andrea Martini, diretor de Marketing da Bauducco, que também prevê vendas 10% maiores neste ano.
Para a Bauducco esse resultado significará repetir o desempenho de 97, que também foi marcado pela início da crise asiática.
Sua maior concorrente, a Visconti, também espera vendas 10% maiores em 98. A Visconti é 50% do grupo Arisco, que também produz frutas em calda e conservas.
Segundo Nelson Mello, diretor de marketing da Arisco, as vendas do grupo devem crescer 10% como um todo neste ano.
No segmento de brinquedos, a expectativa é de aumento de 5% no faturamento neste ano, segundo Synésio da Costa Batista, presidente da Abrinq (associação das indústrias do setor).
A previsão é confirmada pela Estrela, que também espera crescer 15% neste ano. "O setor de brinquedos está na contramão da indústria", diz Aires Fernandes, diretor de marketing.


Colaborou Mauricio Esposito, da Reportagem Local



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