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CNI chama novo sistema de "retrocesso"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto os argentinos festejaram o acordo de salvaguardas no comércio bilateral com
o Brasil, a CNI (Confederação
Nacional da Indústria) afirmou
que o mecanismo faz o Mercosul retroceder.
De acordo com a entidade, o
protocolo que criou o MAC
(Mecanismo de Adaptação
Competitiva), decepcionou o
setor empresarial. "O mecanismo contraria o espírito da integração do Mercosul e gera um
clima de retrocesso no desenvolvimento do bloco", disse o
presidente da entidade, Armando Monteiro Neto.
O acordo, assinado anteontem, foi uma tentativa brasileira de salvar o Mercosul de uma
crise. Em 2005, o déficit da Argentina com o Brasil foi de US$
3,6 bilhões.
O MAC prevê que, se ficar
provado que há dano a um setor, o país poderá impor cotas
de importação da mercadoria.
A CNI defendia o compromisso de não-aplicação de medidas antidumping e outras
restrições unilaterais às importações. A entidade queria a
adoção de um mecanismo de
natureza transitória.
"Outra questão que preocupa
é o desvio de comércio, que é
uma coisa a que nós precisamos estar atentos", disse Monteiro Neto.
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