São Paulo, sexta-feira, 03 de fevereiro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CNI chama novo sistema de "retrocesso"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Enquanto os argentinos festejaram o acordo de salvaguardas no comércio bilateral com o Brasil, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) afirmou que o mecanismo faz o Mercosul retroceder.
De acordo com a entidade, o protocolo que criou o MAC (Mecanismo de Adaptação Competitiva), decepcionou o setor empresarial. "O mecanismo contraria o espírito da integração do Mercosul e gera um clima de retrocesso no desenvolvimento do bloco", disse o presidente da entidade, Armando Monteiro Neto.
O acordo, assinado anteontem, foi uma tentativa brasileira de salvar o Mercosul de uma crise. Em 2005, o déficit da Argentina com o Brasil foi de US$ 3,6 bilhões.
O MAC prevê que, se ficar provado que há dano a um setor, o país poderá impor cotas de importação da mercadoria.
A CNI defendia o compromisso de não-aplicação de medidas antidumping e outras restrições unilaterais às importações. A entidade queria a adoção de um mecanismo de natureza transitória.
"Outra questão que preocupa é o desvio de comércio, que é uma coisa a que nós precisamos estar atentos", disse Monteiro Neto.


Texto Anterior: Integração: Empresa ameaça até cortar venda à Argentina
Próximo Texto: Para especialistas argentinos, acordo é um paliativo necessário
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.