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TRANSFERÊNCIA
Elevação de 25% em ajuda a termelétricas é repassado a consumidor
Subsídio maior encarece energia
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O subsídio para geração de
energia por termelétricas a óleo
diesel, localizadas principalmente
na região Norte do país, aumentou e irá elevar os reajustes de
energia neste ano. O valor do subsídio, chamado de CCC (Conta
Consumo de Combustíveis), foi
fixado em R$ 4,525 bilhões, valor
25% maior que o do ano passado.
O custo do subsídio é rateado
por todos os consumidores de
energia e, em estimativa feita pela
Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em distribuidoras do
interior de São Paulo, Paraná e
Paraíba, o impacto extra na tarifa
de energia ficará em 1,43 ponto
percentual, em média.
A CCC aumenta porque precisa
cobrir custos das geradoras com
aquisição de óleo diesel ou óleo
combustível, derivados do petróleo, que subiu no ano passado.
Nas distribuidoras do interior
de São Paulo que terão reajuste
hoje, o impacto foi calculado pela
agência reguladora. No caso da
Jaguari (27.498 consumidores em
Jaguariúna e Pedreira), o reajuste
médio foi de 5,68%. Sem o aumento da CCC, teria sido de
3,34%. Caso a CCC fosse totalmente eliminada, haveria redução do valor da tarifa de 2,26%.
No caso da Santa Cruz (160.930
consumidores em 24 municípios
paulistas e três paranaenses), o
aumento médio foi de 7,08%. Sem
o aumento do subsídio às termelétricas, seria de 5,71%. Sem o
subsídio, seria de 1,11%.
A geração de energia para a cidade de Manaus (AM) consome
44% do valor da CCC. Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) são
responsáveis por 23%; o interior
do Estado do Amazonas, 10%; e
Macapá (AP), 6 %. O restante da
conta é distribuída nos sistemas
isolados de outros Estados.
Reajustes
A partir de hoje a tarifa de energia aumenta para 375.794 consumidores em 43 municípios do interior de São Paulo e do Paraná.
Amanhã haverá aumento para
140.227 consumidores em seis
municípios no interior da Paraíba.
Em São Paulo, os reajustes são
os seguintes: Jaguari (5,68% médio e 4,45% residenciais), Mococa
(5,52% médio e 1,61% consumidores), Paulista (7,62% médio e
6,57% residenciais), Sul Paulista
(6,09% médio e -2,08% nas residências) e Santa Cruz (5,7% médio e 3,71% residenciais). Em todos os casos, para saber o valor
real do aumento, os consumidores precisam adicionar aproximadamente quatro pontos percentuais ao reajuste, para incluir o
efeito do repasse da alta dos tributos Pis/Cofins.
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