São Paulo, sexta-feira, 03 de fevereiro de 2006

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TRANSFERÊNCIA

Elevação de 25% em ajuda a termelétricas é repassado a consumidor

Subsídio maior encarece energia

HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O subsídio para geração de energia por termelétricas a óleo diesel, localizadas principalmente na região Norte do país, aumentou e irá elevar os reajustes de energia neste ano. O valor do subsídio, chamado de CCC (Conta Consumo de Combustíveis), foi fixado em R$ 4,525 bilhões, valor 25% maior que o do ano passado.
O custo do subsídio é rateado por todos os consumidores de energia e, em estimativa feita pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em distribuidoras do interior de São Paulo, Paraná e Paraíba, o impacto extra na tarifa de energia ficará em 1,43 ponto percentual, em média.
A CCC aumenta porque precisa cobrir custos das geradoras com aquisição de óleo diesel ou óleo combustível, derivados do petróleo, que subiu no ano passado.
Nas distribuidoras do interior de São Paulo que terão reajuste hoje, o impacto foi calculado pela agência reguladora. No caso da Jaguari (27.498 consumidores em Jaguariúna e Pedreira), o reajuste médio foi de 5,68%. Sem o aumento da CCC, teria sido de 3,34%. Caso a CCC fosse totalmente eliminada, haveria redução do valor da tarifa de 2,26%.
No caso da Santa Cruz (160.930 consumidores em 24 municípios paulistas e três paranaenses), o aumento médio foi de 7,08%. Sem o aumento do subsídio às termelétricas, seria de 5,71%. Sem o subsídio, seria de 1,11%.
A geração de energia para a cidade de Manaus (AM) consome 44% do valor da CCC. Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) são responsáveis por 23%; o interior do Estado do Amazonas, 10%; e Macapá (AP), 6 %. O restante da conta é distribuída nos sistemas isolados de outros Estados.

Reajustes
A partir de hoje a tarifa de energia aumenta para 375.794 consumidores em 43 municípios do interior de São Paulo e do Paraná. Amanhã haverá aumento para 140.227 consumidores em seis municípios no interior da Paraíba.
Em São Paulo, os reajustes são os seguintes: Jaguari (5,68% médio e 4,45% residenciais), Mococa (5,52% médio e 1,61% consumidores), Paulista (7,62% médio e 6,57% residenciais), Sul Paulista (6,09% médio e -2,08% nas residências) e Santa Cruz (5,7% médio e 3,71% residenciais). Em todos os casos, para saber o valor real do aumento, os consumidores precisam adicionar aproximadamente quatro pontos percentuais ao reajuste, para incluir o efeito do repasse da alta dos tributos Pis/Cofins.


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