São Paulo, sexta-feira, 03 de fevereiro de 2006

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Carioca pesquisa onde o quilo é mais barato

DA SUCURSAL DO RIO

É na bolsa que a corretora de seguros Fernanda Xavier, 42, sente mais o preço de ter que comer fora no Rio todos os dias. No dia-a-dia, ela comprova que vive na segunda cidade em que o almoço do trabalhador é o mais caro do país.
Para se manter dentro do orçamento, ela come todos os dias em restaurantes por quilo. E pesquisa: "Às vezes, tenho que ir longe em busca do melhor preço", conta.
Essa procura pelo quilo mais barato no centro do Rio é tanta que em alguns lugares, antes das 14h, a comida acaba. "Faz fila de gente bem vestida nos restaurantes que cobram R$ 0,90 por 100 gramas", conta a divulgadora Maria Gomes Pereira, 53.
Fernanda gasta uma média de R$ 8 com um prato que inclui sempre salada, "um pouquinho de arroz" e peito de frango, pesados entre 350 g e 380 g.
Maria diz que finge todos os dias "estar de dieta" para comer mais barato. "Nos restaurantes a quilo mais em conta, consigo gastar R$ 4,50, no máximo R$ 6. Boto só um pouquinho no prato", afirmou.
As duas dispensam a sobremesa e o cafezinho: "Imagina, se comesse doce gastaria muito mais", analisa Fernanda.
Mesmo escolhendo pouca comida para gastar menos, as duas acham um absurdo a despesa que têm para comer no intervalo do trabalho diariamente.
"Nunca fiz as contas de quanto gasto por mês com isso, só sei que todo o dinheiro que tiro do banco some rapidinho com alimentação e transportes", conta a corretora.
Fernanda trabalha na rua e não recebe nem tíquete-refeição nem vale-transporte da empresa para a qual trabalha. (SC)


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