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Carioca pesquisa onde o quilo é mais barato
DA SUCURSAL DO RIO
É na bolsa que a corretora
de seguros Fernanda Xavier,
42, sente mais o preço de ter
que comer fora no Rio todos
os dias. No dia-a-dia, ela
comprova que vive na segunda cidade em que o almoço do trabalhador é o
mais caro do país.
Para se manter dentro do
orçamento, ela come todos
os dias em restaurantes por
quilo. E pesquisa: "Às vezes,
tenho que ir longe em busca
do melhor preço", conta.
Essa procura pelo quilo
mais barato no centro do
Rio é tanta que em alguns lugares, antes das 14h, a comida acaba. "Faz fila de gente
bem vestida nos restaurantes que cobram R$ 0,90 por
100 gramas", conta a divulgadora Maria Gomes Pereira, 53.
Fernanda gasta uma média de R$ 8 com um prato
que inclui sempre salada,
"um pouquinho de arroz" e
peito de frango, pesados entre 350 g e 380 g.
Maria diz que finge todos
os dias "estar de dieta" para
comer mais barato. "Nos
restaurantes a quilo mais em
conta, consigo gastar R$
4,50, no máximo R$ 6. Boto
só um pouquinho no prato",
afirmou.
As duas dispensam a sobremesa e o cafezinho:
"Imagina, se comesse doce
gastaria muito mais", analisa
Fernanda.
Mesmo escolhendo pouca
comida para gastar menos,
as duas acham um absurdo a
despesa que têm para comer
no intervalo do trabalho diariamente.
"Nunca fiz as contas de
quanto gasto por mês com
isso, só sei que todo o dinheiro que tiro do banco some rapidinho com alimentação e transportes", conta a
corretora.
Fernanda trabalha na rua e
não recebe nem tíquete-refeição nem vale-transporte
da empresa para a qual trabalha.
(SC)
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