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Recursos de acordo com o FMI irão para estradas
LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A maior parte dos recursos garantidos pelo projeto-piloto de investimentos negociado com o
FMI (Fundo Monetário Internacional) vai para o Ministério dos
Transportes, sobretudo para recuperação e conclusão de estradas. Segundo o Tesouro, após cinco anos de investimentos na malha rodoviária, a economia anual
seria de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões ao ano.
O objetivo do governo é assegurar que pelo menos 60% das rodovias federais sejam classificadas
como em boas condições até
2008, contra 16,1% hoje. A meta
de redução dos trechos classificados como ruim é mais ambiciosa:
de 47,8% para 1% em três anos.
Para 2005, o projeto-piloto prevê R$ 2,8 bilhões para empreendimentos em infra-estrutura. Só o
Ministério dos Transportes levará
R$ 2,161 bilhões desse valor. Incluídos os gastos previstos na proposta orçamentária enviada ao
Congresso, o total de investimentos em infra-estrutura neste ano,
somando todos os ministérios,
chegaria a R$ 4,365 bilhões.
Ao todo, são 16 rodovias que serão restauradas, num total de
5.433 km. Desses trechos, cinco
serão preparados a partir deste
ano para ir a leilão e serem explorados pela iniciativa privada.
Para 2005 e 2006, os investimentos previstos só no projeto-piloto
para todas as áreas são de R$
3,633 bilhões e R$ 3,609 bilhões.
Quando anunciou que o FMI havia aprovado o programa, o Tesouro informou investimentos de
US$ 1 bilhão por ano, pelos próximos três anos, o que daria anualmente R$ 2,8 bilhões pela cotação
do dólar na ocasião do acerto.
Segundo o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, o fato de haver
previsão maior para os próximos
dois anos não significa projeção
do câmbio a R$ 3,6. Disse que era
apenas uma taxa indicativa.
Pelo projeto-piloto, o governo
fará neste e nos próximos dois
anos esforço fiscal menor para
poder acomodar os investimentos acertados com o Fundo em infra-estrutura. Assim, a economia
para o pagamento de juros (superávit primário) cairá, na prática,
de 4,25% do PIB para 4,10%.
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