São Paulo, sábado, 03 de julho de 2004

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Para economista, pesquisa restrita não compromete

DA SUCURSAL DO RIO

Embora a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) feita pelo IBGE em seis regiões metropolitanas superestime a taxa de desemprego, como têm apontado integrantes do governo federal, ela não compromete a "identificação dos movimentos e oscilações do emprego", afirma Lauro Ramos, economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao Ministério do Planejamento.
Prova disso, segundo ele, é que o crescimento da taxa de desemprego foi de 38% nas seis metrópoles e de 37% na média nacional, de 1992 a 2002.
Para Ramos, a PME é adequada para avaliar as mudanças conjunturais do mercado de trabalho. Ele afirma, porém, que a ampliação da cobertura geográfica da pesquisa de emprego permitirá captar com mais precisão fenômenos como a informalidade e os setores mais sensíveis. "A natureza do desemprego será mais bem analisada", diz.
No início desta semana, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse que a PME passará a ter abrangência nacional a partir de 2006. Ele previu que, com isso, haverá queda "de um a dois pontos percentuais" na taxa de desemprego. O IBGE não avalizou a projeção de Mantega.
O ministro acha que a economia está crescendo de maneira "generalizada", mas não há uma pesquisa de emprego que capte o efeito desse crescimento no mercado de trabalho.


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