da Reportagem Local

O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), e o presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva, acham que a fusão de Brahma e Antarctica é uma "tendência mundial" e "absolutamente natural", mas mostram preocupação com uma possível demissão de funcionários no processo de formação da holding do grupo, a AmBev (Companhia de Bebidas das Américas).
"É uma tendência mundial, mas sempre temo coisas muito expressivas. Não creio em monopólio porque há outros participantes com 10% do mercado. Desemprego preocupa, mas ainda é difícil nesse instante avaliar as consequências da fusão", disse Covas.
Atualmente, a Antarctica tem 9.100 funcionários, e a Brahma, 6.860. Dirigentes da AmBev admitem que a fusão poderá levar ao fechamento de algumas unidades.
Para Piva, a fusão é absolutamente natural porque as empresas precisam diminuir seus custos para competir no mundo globalizado. Mas, disse, é possível que a fusão, a curto prazo, provoque desemprego.
"Pode ser que, num primeiro momento, aconteça um certo desemprego. Mas é preciso também levar em conta que, quanto mais produtiva a indústria nacional se tornar, quanto mais tiver a capacidade de competir com produtos importados, quanto mais puder exportar, mais empregos acabará criando ao longo do tempo."
(ANTONIO CARLOS SEIDL)


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