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Reforma da lei pode criar 500 mil empregos
da Reportagem Local
Com o objetivo de criar 500 mil
empregos e aumentar a arrecadação tributária em R$ 25 bilhões
num prazo de 12 meses, o consultor Thomas Benes Felsberg, da
Felsberg e Associados - Advogados
e Consultores Legais, apresentou
ontem uma proposta para a reforma da legislação de concordatas e
falências no país.
"Existe uma mina de recursos sepultada sob a massa de uma legislação obsoleta", disse no 1º Fórum
de Debates sobre Recuperação de
Empresas, ontem, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo).
O objetivo do encontro foi a
apresentação de um anteprojeto
de lei que visa estabelecer novos
mecanismos que propiciem a recuperação econômico-financeira
de empresas em dificuldades e a
manutenção de sua capacidade
produtiva.
Autor da proposta, Felsberg disse que muitos recursos estão sendo
desperdiçados no país pelo fato de
que "a legislação não dá condições
àquelas empresas que podem ser
recuperadas de efetivamente se recuperarem".
"É uma proposta que, sem ônus
para o Tesouro, poderá dar uma
força enorme na economia."
Antoninho Marmo Trevisan, da
Trevisan Auditores e Consultores,
que também participou da elaboração da proposta, disse que o anteprojeto recebeu ontem sua "certidão de nascimento".
A idéia agora é discutir a iniciativa com diversos segmentos da economia nas próximas semanas. A
médio prazo, o anteprojeto, que
ainda é uma proposta para discussão, será apresentado ao governo e
a líderes partidários no Congresso.
Ontem, o anteprojeto recebeu o
apoio do governador Mário Covas,
que, na abertura do seminário, disse que a recuperação de empresas é
um passo importante para a criação de empregos e para a preparação da economia brasileira para
competir nos mercados globais.
"Não há como fechar os olhos
para o desemprego. Por isso, os
instrumentos jurídicos precisam
ser revistos para a eliminação de
entraves à preservação do parque
produtivo do país", afirmou.
Antoninho Marmo Trevisan disse que o apoio político do governador Mário Covas é importante.
"Trata-se de um projeto desenvolvimentista, que não encontra amparo na tese monetarista exatamente porque se propõe a recuperar empresas. A tese monetarista,
ao contrário, parte de um pressuposto de que os bons vivem e os
que não são bons morrem."
Segundo Trevisan, metade das
300 mil empresas médias do país
encontra-se em processo de endividamento e de dificuldades financeiras.
"O que o projeto está propondo
não é incentivos fiscais, perdões ou
coisas do gênero. Ele busca liberar
essas empresas de uma rigidez legal que não permite sequer a sua
continuidade." Um exemplo disso,
afirmou, é a G. Aronson, que tinha
construído uma rede de distribuição muito importante. "Nem isso
se consegue salvar quando empresas entram num processo de concordata e falência."
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