São Paulo, Sábado, 03 de Julho de 1999
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EXUBERÂNCIA
Desemprego vai a 4,3% em junho
Juro alto faz Bolsa de NY bater recorde

de Nova York

O índice Dow Jones, que reúne as 30 ações mais negociadas na Bolsa de Nova York, bateu ontem um novo recorde, fechando a 11.139,24 pontos, alta de 72,82 pontos (0,66%).
O recorde anterior de pontos aconteceu no último dia 13 de maio, quando o índice fechou a 11.107,19 pontos. Na semana, a Bolsa subiu 586,68 pontos.
Os investidores ainda estão animados com a notícia de que o Fed (banco central dos EUA) não pretende aumentar os juros no futuro próximo, além do aumento feito na última quarta-feira.
A atitude do Fed, de subir os juros de empréstimos interbancários apenas de 4,75% para 5% ao ano, foi interpretada pelos investidores como um sinal de que a economia americana vai continuar a crescer sem inflação.
Outros índices também bateram recordes de pontos ontem. O Nasqad (com empresas de tecnologia) subiu 1,29% e fechou em 2.471,02 pontos. O Standard & Poor's 500 subiu 0,74% e fechou em 1.391,22.

Pleno emprego
Ontem, a sensação de que a economia norte-americana continuará crescendo sem gerar inflação foi reforçada pela divulgação de que o desemprego subiu de 4,2% para 4,3% da PEA (População Economicamente Ativa) de maio para junho. A PEA dos EUA é formada por 139,4 milhões de pessoas.
O aumento significa uma menor pressão dos salários sobre os preços.
No total, 5,98 milhões de de norte-americanos estão sem ocupação, o que, porém, é considerado como estado de pleno emprego.
A economia norte-americana conseguiu criar 268 mil novas vagas no mês passado, acima dos 200 mil novos empregos estimados por economistas.
O salário horário médio do trabalhador subiu 0,4% em junho para US$ 13,23, o que indica que os custos das empresas com seus empregados estão sob controle. Isso também afasta a possibilidade de inflação.
Os EUA estão em seu nono ano de expansão e continuam a dar sinais de forte crescimento.
De acordo com dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o país deve registrar crescimento de 3,6% neste ano, muito acima da taxa de expansão prevista para a União Européia, que é de 2,1%.


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