da Sucursal de Brasília

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) abriu linha de R$ 500 milhões para financiamento direto de projetos de construção de hotéis de duas ou três estrelas (diárias de cerca de US$ 70) por empresas nacionais e estrangeiras.
A linha deverá estar orientada ao financiamento de redes hoteleiras que pretendem investir no país, como é o caso da expansão do conjunto de unidades do Grupo Accord, de origem francesa.
Para tanto, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio pretende publicar um decreto que acabaria com a proibição do acesso de empresas estrangeiras do setor de turismo ao crédito oferecido por bancos nacionais de fomento. Hoje, estão excluídos dessa obrigatoriedade os setores de telecomunicações, energia etc.
Outro decreto do mesmo ministério deverá acabar com mais um entrave burocrático a esses investimentos: a exigência da aprovação presidencial para que uma empresa estrangeira se instale no Brasil. Nesse caso, será exigida apenas que haja representação da companhia no território nacional.
A linha, que já está disponível, permite que sejam tomados financiamentos de R$ 1 milhão, diretos do BNDES, para projetos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O volume mínimo anterior era de R$ 3 milhões. Abaixo de R$ 1 milhão, o crédito passa a ser obtido em bancos oficiais e privados.
Nas demais regiões, o limite de empréstimo caiu de R$ 7 milhões para R$ 3 milhões. Somente os projetos culturais, ecológicos e históricos dessas regiões têm acesso a financiamento direto de, no mínimo, R$ 1 milhão.
Segundo o ministro do Desenvolvimento, Celso Lafer, os objetivos do governo ao abrir essa linha do BNDES são gerar empregos, diminuir as diferenças entre as regiões, aumentar a infra-estrutura do turismo no país, permitir a substituição de importações de serviços e vincular as redes hoteleiras nacionais às internacionais.


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