free-lance para a Folha

Os cerca de 80 metalúrgicos paulistas que estavam acampados desde a noite de quarta-feira em frente ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), na região central do Rio de Janeiro, desmontaram ontem o acampamento e retornaram a São Paulo.
Eles dizem que conseguiram o que reivindicavam do órgão: um financiamento de R$ 9,8 milhões para ajudar duas empresas em dificuldades financeiras, as metalúrgicas Nardini S/A e Filtros Logan. O BNDES, porém, não confirmou o acordo -sua assessoria informou que o órgão não se pronunciaria sobre o assunto.
De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, que participou do acampamento, o suposto acordo teria sido firmado em reunião ontem com vice-presidente do BNDES, José Mauro Carneiro da Cunha.

Cooperativa
De acordo com Silva, para conceder o financiamento, o BNDES teria exigido que fosse criada uma cooperativa formada por representantes dos funcionários e diretores das empresas. A nova administração deveria levar cerca de seis meses para ser constituída.
O presidente da Força Sindical disse que, em contrapartida, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo vai colocar seu ativo -cerca de R$ 200 milhões- à disposição do banco.
O atual diretor das empresas, Renato Franchi, confirmou as informações dos sindicalistas e afirmou que, uma vez constituída a cooperativa, o BNDES levaria de 10 a 15 dias para liberar o financiamento.


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