São Paulo, sábado, 03 de agosto de 2002

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Moeda dos EUA recua mais 4,44%

ANA PAULA RAGAZZI
DA REPORTAGEM LOCAL

Após todo o nervosismo dos últimos dias, com o dólar chegando a se valorizar 15%, a moeda americana fechou ontem valendo quase o mesmo do que na sexta-feira da semana passada.
O dólar caiu mais 4,44% e encerrou o dia cotado a R$ 3,01, em baixa de 0,16% em relação aos R$ 3,015 do fechamento do dia 26 de julho.
O risco-país teve pequena queda, de 0,6%, para 2.047 pontos. Na semana, subiu 2,8%.
Uma entrada de recursos logo pela manhã teria definido a baixa do dólar. Operadores não arriscaram valores para o ingresso, mas apontaram a Petrobras como responsável pela operação. O Banco Central também ofereceu sua ração diária ao mercado, vendendo US$ 50 milhões.
O momento de tensão do dia foi com resultados apontados por pesquisa da Toledo & Associados. A sondagem apontou que o candidato do PPS, Ciro Gomes, teria ultrapassado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na preferência dos eleitores. Naquele momento o dólar chegou a reduzir sua queda. Mas o mercado avaliou que a pesquisa não era significativa e logo a moeda voltou a cair.
O mercado vive agora à espera do anúncio de um acordo entre o Brasil e o FMI para breve. A certeza de um novo acerto estimula a chamada realização de lucros por parte de investidores. Quem comprou dólares quando a cotação estava abaixo de R$ 3 aproveita para vendê-los e embolsar os ganhos, já que a cotação chegou a R$ 3,61.
As cotações da moeda no mercado à vista e futuro caminham para uma equiparação. Nas últimas semanas as duas cotações estavam bastante distantes, ilustrando a necessidade das empresas terem a moeda em mãos para pagar dívidas que não estavam sendo roladas. O crédito internacional para o Brasil secou devido à incerteza política de um ano eleitoral e à aversão internacional ao risco após escândalos financeiros envolvendo empresas norte-americanas.
O BC revisou para cima o saldo das reservas internacionais do país. Anteontem, havia informado que as reservas estavam em US$ 38,923 bilhões na quarta-feira. Ontem, esse valor foi modificado para US$ 39,025 bilhões. Segundo o BC, o número anunciado anteontem era preliminar.



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