|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Impacto de aumento do gás pode chegar a 20% nos postos
RAQUEL ABRANTES
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
Com a possibilidade de aumento de 30% no preço do gás
natural para a CEG e a CEG Rio
(distribuidoras do Estado do
Rio), o impacto nas bombas para o consumidor de GNV (gás
natural veicular) deve ser de
20%, de acordo com o presidente do Sindicom (Sindicato
Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de
Lubrificantes), Alisio Vaz.
Apesar do reajuste, ele afirma que o GNV não perderá
competitividade em relação ao
álcool e à gasolina. Já a indústria fluminense, setor que mais
sofre com a alta do gás, está
preocupada com o reflexo de
24% no preço do insumo, segundo o presidente da CEG e
CEG Rio, Bruno Armbrust, que
informou anteontem ter sido
essa a proposta de aumento que
recebeu da Petrobras.
Em nota, a estatal disse que
"não há proposta da companhia para aumento de 30% no
preço do gás natural, como afirmado por agentes do setor". E
reafirmou que "o preço do gás
natural deve assegurar a remuneração dos investimentos".
Coleta da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis) entre os
dias 21 e 27 de outubro com 69
postos da capital carioca aponta preço médio de R$ 1,305 por
metro cúbico de GNV. Com o
aumento projetado, o valor
passaria a R$ 1,566 por metro
cúbico. Já na cidade de São
Paulo, o preço médio apurado
em 31 postos no mesmo período foi de R$ 1,149 por metro cúbico de GNV - inferior ao valor
no Rio antes do reajuste.
A estatal quer reprimir o alto
consumo no Estado fluminense. O Rio tem 42% da frota nacional movida a GNV, e São
Paulo, 25%, de acordo com dados do IBP (Instituto Brasileiro
de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) do segundo trimestre.
"A implantação de gasodutos
é custosa e leva tempo. O maior
prejudicado com essa situação
é o consumidor, principalmente o taxista", disse Frank Chen,
vice-presidente da ABGNV
(Associação Brasileira de Gás
Natural Veicular).
Texto Anterior: Lula obrigou Petrobras a ceder, indica documento Próximo Texto: São Paulo estuda vender toda a participação na Cesp Índice
|