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ESTATAL
Governo não tem política definida, mas voltará a decidir sobre aumentos
Petrobras perde autonomia
para determinar reajustes
DA SUCURSAL DO RIO
A ministra de Minas e Energia,
Dilma Rousseff, disse ontem no
Rio que a Petrobras não terá mais
autonomia para determinar reajustes de derivados do petróleo.
"A política de preços é uma política do governo, não é da Petrobras", afirmou ela, na cerimônia
de posse do novo presidente da
estatal, José Eduardo Dutra.
Segundo a ministra, o aumento
dos preços sempre foi uma questão relacionada ao Ministério de
Minas e Energia, e voltará a ser.
Em janeiro de 2002 a Petrobras
ganhou autonomia para criar sua
própria política de preços. Isso
não deverá continuar.
Rousseff disse que o governo
ainda não definiu qual será a política de reajustes de preços que
adotará. Segundo ela, a política
adotada seguirá os preços praticados no mercado internacional. O
novo presidente da Petrobras
afirmou que manterá o atual programa de investimentos da companhia, de US$ 32 bilhões nos
próximos quatro anos.
Dutra anunciou que haverá mudanças na gestão da companhia.
Disse que a princípio manterá a
atual diretoria, mas que logo poderão ocorrer trocas. ""Conheci os
diretores ontem [anteontem".
Quero primeiro ter um contato
maior com eles."
Para a ministra, o fato de algum
diretor eventualmente ser mantido não significa uma continuidade na gestão da empresa. ""É uma
nova diretoria que assume. O Brasil votou pela mudança, mas não é
algo que tem que ser radical."
Ela disse que a Petrobras terá
dupla função: de empresa pública
que atende aos interesses da nação e de companhia privada que
deve ser ""lucrativa e eficiente".
Ao comentar a possibilidade de
a estatal ajudar a venezuelana
PDVSA, Dutra afirmou que a decisão cabe a Lula, pois o pedido foi
feito por Hugo Chavez, presidente da Venezuela.
Segundo Dutra, é prioritário investir no aumento da capacidade
de refino com a construção de novas refinarias. A Petrobras estuda
montar unidades no Rio e no Ceará e a compra de uma unidade já
instalada nos EUA.
Dutra disse que estudará o processo de licitação das plataformas
P-51 e P-52, mas que o objetivo é
manter a maior parte das encomendas no Brasil. Durante a campanha, o PT criticou a possibilidade de as obras serem feitas em
grande parte no exterior.
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