São Paulo, terça-feira, 04 de março de 2008

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Pecuaristas afirmam que UE fecha mercado

LUCIANA OTONI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A despeito da decisão da União Européia de suspender o embargo à carne bovina brasileira, pecuaristas afirmam que, na prática, o mercado europeu continua fechado para o país.
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) avalia que a decisão do bloco de restringir as compras a 106 fazendas não permite que o país retome as exportações nos valores e quantidades de 2007.
Dos US$ 3,5 bilhões obtidos com a carne bovina "in natura" no exterior em 2007, US$ 1 bilhão veio dos embarques para a Europa.
Um fato adicional para o qual a entidade chama a atenção é a possibilidade de redução no número das 106 propriedade inicialmente credenciadas a manter as vendas. "Pode ser que a União Européia nem chegue a comprar dessas 106 propriedades", diz Antenor Nogueira, representante da CNA para pecuária de corte.
Para a CNA, a restrição da União Européia configura questão econômica baseada na diferença de custos de produção entre pecuaristas brasileiros e europeus.
Com a restrição, o Brasil vai deve deixar de registrar aumento dos embarques de carne bovina este ano.
Antes do embargo, as projeções previam expansão de 15% das exportações. Com a limitação dos negócios, a perspectiva, segundo a CNA, é de repetição do desempenho de 2007.
Apesar da contenda com a Europa, um aspecto favorável para o pecuarista é a valorização da arroba do boi. A baixa oferta de carne no mercado internacional e o maior consumo mundial mantêm as cotações em alta.
No Brasil, o que se nota é ampliação da demanda. No ano passado, o consumo per capita aumentou 3 kg, passando de 37 kg em 2006 para 40 kg em 2007. De acordo com a CNA, a tendência é de nova elevação este ano.


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