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Pecuaristas afirmam que UE fecha mercado
LUCIANA OTONI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A despeito da decisão da
União Européia de suspender o embargo à carne bovina
brasileira, pecuaristas afirmam que, na prática, o mercado europeu continua fechado para o país.
A CNA (Confederação da
Agricultura e Pecuária do
Brasil) avalia que a decisão
do bloco de restringir as
compras a 106 fazendas não
permite que o país retome as
exportações nos valores e
quantidades de 2007.
Dos US$ 3,5 bilhões obtidos com a carne bovina "in
natura" no exterior em 2007,
US$ 1 bilhão veio dos embarques para a Europa.
Um fato adicional para o
qual a entidade chama a
atenção é a possibilidade de
redução no número das 106
propriedade inicialmente
credenciadas a manter as
vendas. "Pode ser que a
União Européia nem chegue
a comprar dessas 106 propriedades", diz Antenor Nogueira, representante da
CNA para pecuária de corte.
Para a CNA, a restrição da
União Européia configura
questão econômica baseada
na diferença de custos de
produção entre pecuaristas
brasileiros e europeus.
Com a restrição, o Brasil
vai deve deixar de registrar
aumento dos embarques de
carne bovina este ano.
Antes do embargo, as projeções previam expansão de
15% das exportações. Com a
limitação dos negócios, a
perspectiva, segundo a CNA,
é de repetição do desempenho de 2007.
Apesar da contenda com a
Europa, um aspecto favorável para o pecuarista é a valorização da arroba do boi. A
baixa oferta de carne no mercado internacional e o maior
consumo mundial mantêm
as cotações em alta.
No Brasil, o que se nota é
ampliação da demanda. No
ano passado, o consumo per
capita aumentou 3 kg, passando de 37 kg em 2006 para
40 kg em 2007. De acordo
com a CNA, a tendência é de
nova elevação este ano.
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