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Lucro da Embraer tem queda de 45%
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O lucro líquido da Embraer no
ano passado foi 44,6% menor do
que o registrado em 2004. De
acordo com balanço divulgado
pela empresa, em 2005 o lucro líquido ficou em R$ 708,9 milhões,
ante R$1,28 bilhão do ano anterior. A Embraer aponta a valorização do real diante do dólar como a responsável pelo resultado.
A empresa encerrou o ano de
2005 com uma receita líquida de
R$ 9,1 bilhões, resultado 10,7%
menor do que o atingido em 2004
(10,2 bilhões). No mesmo período, a Embraer, quarta maior fabricante de jatos do mundo, entregou 141 aeronaves a clientes.
Foram sete a menos que em 2004.
De acordo com o balanço, a Embraer encerrou 2005 com 367 pedidos firmes em carteira, que totalizavam US$ 10,4 bilhões. Somadas as 545 opções de compra, a
carteira de pedidos da empresa
totalizava US$ 24 bilhões.
O destaque de 2005 da Embraer
ficou por conta do setor de aviação executiva. Em outubro, a fabricante brasileira lançou dois novos jatos, o Phenom 100 e o Phenom 300 (aviões leves, com capacidade para até nove passageiros).
No setor de defesa, a empresa
conseguiu a primeira exportação
do turboélice de ataque leve Super
Tucano. A venda de 25 unidades
para a Força Aérea Colombiana,
por US$ 235 milhões, foi fechada
após nove anos de negociações.
A empresa qualificou de "frustração" o cancelamento pelo governo brasileiro do programa que
previa a renovação da frota da
FAB. E ainda o cancelamento do
projeto em que participaria do
desenvolvimento de aviões-espiões do Exército dos EUA.
Reestruturação
A Previ (fundo de pensão dos
funcionários do Banco do Brasil)
será a maior acionista individual
na nova estrutura de capital Embraer. A Previ terá 16,42% das
ações da empresa. A Cia. Bozano e
a Sistel, as outras que faziam parte
do bloco de acionistas que controlavam a Embraer na sua antiga
estrutura, têm, respectivamente,
11% e 7,35% das ações.
Na sexta, assembléia geral de
acionistas aprovou a proposta de
pulverização do controle.
Com a Reuters
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