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Meta de superávit é tida como impossível
da Sucursal de Brasília
Apesar da desvalorização cambial, as exportações brasileiras não
cresceram como se previa. A balança comercial em março apresentou superávit de apenas US$ 15
milhões, embora tenha havido
queda nas importações.
O acordo entre o Brasil e o Fundo
Monetário Internacional prevê superávit de US$ 11 bilhões na balança comercial de 1999, meta que, em
público, autoridades do governo
definem como ambiciosa e, em
particular, como impossível.
José Botafogo Gonçalves, secretário da Camex (Câmara do Comércio Exterior), diz que o PEE
(Programa Especial de Exportações) não fixa metas de balança comercial. "A importação é muito
menos administrável do que a exportação. Por exemplo, o desempenho do PIB a afeta demais."
As metas do PEE são para exportações. "O saldo da balança comercial é resultado e é muito cedo para
se prever esse resultado."
Sobre a meta de US$ 100 bilhões
de exportações em 2002, Botafogo
acha que ela vai ser alterada para
cima no segundo semestre de 1999.
Ele chama as metas do PEE de
"mobilizadoras", porque elas mobilizam recursos e medidas agora
para serem atingidas depois.
As previsões da AEB (Associação
de Comércio Exterior do Brasil)
são de que em 1999 haverá superávit de US$ 6 bilhões na balança comercial brasileira e 10% de aumento nas exportações em relação a
1998. O governo não faz estimativas ainda.
Um dos motivos principais para
a demora na reação do setor exportador à desvalorização do real
foi o congelamento das linhas externas de crédito, provocado pela
crise de credibilidade do Brasil.
Essas linhas de crédito estão sendo reativadas, embora ainda nos
níveis baixos de 1998. Botafogo
acha que elas logo crescerão por
serem um bom negócio para os
bancos.
(CELS)
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