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Análise de instituições é precipitada, diz Malan
ANA PAULA MARGARIDO
DA FOLHA CAMPINAS
O ministro da Fazenda, Pedro
Malan, disse ontem não considerar negativos os relatórios pessimistas divulgados por algumas instituições financeiras, os quais
afetaram o mercado e elevaram o
risco-país brasileiro (medida do
risco de investir no país, cotada
por meio da taxa extra de juros
que o Brasil paga em relação aos
juros básicos dos EUA).
Malan considerou que houve
"uma precipitação" na visão pessimista da economia brasileira em
virtude das pesquisas eleitorais,
que colocam o pré-candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva à
frente da intenções de voto.
"Não é correta essa afirmação
de que há uma avalanche de avaliações pessimistas sobre o país.
Há anos que alguns bancos fazem
isso [avaliações de mercado]."
De acordo com Malan, o país
possui uma democracia consolidada, e o que se aponta hoje nas
pesquisas não é uma definição do
quadro eleitoral. "Devemos olhar
com serenidade essa dança nas
pesquisas", ponderou o ministro.
Ele citou como exemplo as eleições na França, que deixaram de
fora do segundo turno o candidato da esquerda, Leonel Jospin.
As afirmações foram feitas durante o lançamento da Associação
das Empresas do Recof (Regime
Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado), na sede da Motorola, em Jaguariúna (134 km de SP).
Malan avaliou positivamente a
economia do país e apontou alguns itens, como o crescimento
do PIB (Produto Interno Bruto) e
a redução do déficit em conta corrente neste ano.
Participaram também do evento o ministro Sérgio Amaral (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e o secretário da
Receita Federal, Everardo de Almeida Maciel.
Amaral e Maciel não fizeram considerações sobre o reflexo das pesquisas de opinião na economia do país.
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