DE BUENOS AIRES

O presidente argentino, Eduardo Duhalde, vai enfrentar no próximo dia 14 a primeira grande greve de trabalhadores desde a posse em janeiro. A paralisação deve durar um dia e foi convocada pela CGT dissidente, uma das duas mais importantes centrais sindicais do país.
A convocação da greve mostra que Duhalde não conseguiu obter apoio dos sindicatos com a reforma ministerial promovida anteontem. O presidente nomeou para o Ministério do Trabalho a deputada peronista Graciela Camaño, que é casada com o líder sindical Luis Barrinuevo.
Também no dia 14, a CGT dissidente planeja realizar uma grande manifestação na praça de Maio, que quer reunir milhares de argentinos. Segundo o presidente da central, Hugo Moyano, o objetivo da paralisação é protestar contra a política econômica de Duhalde, que estaria cedendo demais ao FMI (Fundo Monetário Internacional).
A outra grande central sindical, a CGT oficial, não se manifestou sobre a greve. Seu presidente, Rodolfo Daer, é muito mais próximo a Duhalde do que Moyano. (JS)


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