São Paulo, quarta-feira, 04 de maio de 2005

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Merrill Lynch vê "bom estado" em emergentes

CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL

A nova alta dos juros na economia americana ainda não deve ser suficiente para causar grandes turbulências nos mercados emergentes. A avaliação é do banco americano Merrill Lynch.
"Apesar dos recentes passos para trás, os mercados [emergentes] continuam em bom estado", diz o banco em relatório mensal para os investidores sobre os prognósticos de desempenho de aplicações em emergentes. Com isso, a diferença entre a sobretaxa paga para títulos de papéis de países emergentes em relação aos papéis do Tesouro americano deve continuar a se estreitar. Para o conjunto de países emergentes monitorados pelo Merrill Lynch, a recomendação para a compra desses papéis é "na média do mercado".
Para os papéis brasileiros, os analistas do banco também mantêm a recomendação "na média do mercado". Mas o relatório expressa alguma preocupação com a condução da política monetária. Para o banco, há "incertezas". "[A ata] não continha indicações claras sobre as próximas ações do Banco Central, sugerindo que as apostas do mercado para a próxima reunião deve oscilar entre nenhuma elevação [na taxa básica de juros] e uma alta de 0,25 ponto percentual", diz o banco. O relatório destaca ainda que os investidores devem ficar atentos à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) a respeito da constitucionalidade do status de ministro do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. A tomada da decisão está prevista para acontecer amanhã.
A maré de relativa calmaria para os emergentes pode ser confirmada pelo volume de aplicações em títulos da dívida desses países. Segundo a consultoria americana Emerging Portfolio, até a semana terminada no dia 27 de abril houve uma entrada de US$ 2,7 milhões em compra desses papéis. "O sentimento [dos investidores] mescla a observação da melhoria dos fundamentos desses países e uma crescente aversão ao risco por causa da desaceleração da economia global", diz Brad Durham, da corretora.


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