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Vázquez deve fechar acordo com EUA
DE WASHINGTON
Na véspera de se encontrar com
George W. Bush, o presidente
uruguaio, Tabaré Vázquez, indicou que assinará acordo comercial com os EUA. Em discurso na
manhã de ontem no Conselho das
Américas, disse que quer "aprofundar" as relações econômicas
de seu país com Washington e
ampliar o acesso dos produtos
uruguaios ao mercado local.
Esse aumento de laços comerciais, especialmente nos setores
têxteis e das indústrias de informática, laticínios e frigorífica,
"não é incompatível" com os
compromissos regionais de seu
país, como o de membro do Mercosul, afirmou. "O Uruguai está
interessado em trabalhar com os
Estados Unidos para aprofundar
a base legal entre ambos países,
para melhorar nosso acesso a
mercados de bens e serviços",
afirmou, durante seu discurso.
Fazer parte do Mercosul "não
exclui um amplo sistema de relações internacionais, que envolve
também relações bilaterais com
outros países. Nesse contexto se
inscreve nossa relação com os Estados Unidos", disse Vázquez. Os
EUA são hoje o principal parceiro
comercial do país.
Referindo-se ao bloco sul-americano, Vázquez disse que "o Uruguai oferece mas também exige, e
o que exige não são privilégios
nem caridade, mas oportunidades para poder competir em condições de igualdade".
Cutucando indiretamente a Argentina, que acaba de passar por
uma de suas maiores crises econômicas, e os problemas de segurança e corrupção de seus países-parceiros, o uruguaio disse que
seu país é "confiável" e que ali não
é preciso "corromper funcionários" para que os projetos caminhem. Afirmou ainda que não é
necessário "andar de carros blindados" pelas ruas.
Ao sucedê-lo na fala, a secretária de Estado norte-americana,
Condoleezza Rice, adiantou o
tom do que deve ser o encontro
entre Vázquez e Bush hoje, na Casa Branca: "Sei que o povo uruguaio poderá ter, com você, um
futuro de mais esperança", disse
ela, "e que os EUA serão um elemento chave nesse projeto".
(SÉRGIO DÁVILA)
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