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PETRÓLEO
ANP julga insuficiente prospecção feita em alguns campos
Petrobrás pode perder áreas de exploração
da Sucursal do Rio
A Petrobrás deverá perder algumas das áreas que solicitou à ANP
(Agência Nacional do Petróleo)
para explorar petróleo e gás.
Os técnicos da agência concluíram que os trabalhos já feitos pela
estatal nessas áreas não são suficientes para dar a ela o direito legal
de explorá-las.
A lei 9.478, que passou a reger o
setor petróleo após a flexibilização
do monopólio, garante, sob determinadas condições, que a Petrobrás tem direito a permanecer
com as áreas nas quais já produz,
ou está em desenvolvimento de
campo, ou já tem informações
geológicas suficientes para começar a perfuração de poços.
Foi no último item que, segundo
o diretor-geral da ANP, David
Zylbersztajn, houve divergências
entre a interpretação da estatal e a
dos técnicos que analisam as 391
áreas que ela solicitou. Zylbersztajn não quis adiantar quantas serão negadas por esse motivo.
Ele disse que o número é pequeno em relação ao total. Das áreas
requeridas pela Petrobrás, 240 são
de produção e permanecerão com
ela. Outras 70 são campos em desenvolvimento adiantado, também assegurados pela estatal.
Nas 81 áreas restantes é que estão
aquelas que a ANP deverá negar
por estarem em níveis de prospecção aquém do que, na interpretação dos seus técnicos, a lei exige.
A não-concessão dessas áreas
não tem nenhuma relação com a
polêmica sobre as parcerias da Petrobrás. A polêmica está relacionada com a validade ou não de a
estatal ter usado futuros investimentos dos parceiros como prova
de que tem capacidade financeira
para explorar tudo que deseja.
Zylbersztajn disse que a ANP e
Petrobrás estão próximas de um
consenso sobre isso, mas reafirmou também que a agência pedirá
que o governo, na condição de
acionista majoritário da Petrobrás, se pronuncie a respeito.
A ANP quer que o governo diga
se, em termos macroeconômicos,
é melhor que a Petrobrás fique
com as áreas para explorar com
seus parceiros ou se prefere que
elas sejam postas em licitação.
A primeira hipótese pode agilizar o aumento de produção. A segunda pode render dinheiro para
o Tesouro mais cedo, via pagamento de bônus pelo vencedor das
licitações.
A ANP pretende começar as primeiras licitações após já ter definido a situação da Petrobrás, a partir
de outubro.
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