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Liminar fecha "data rooms" da Telebrás
da Sucursal de Brasília
Uma liminar concedida ontem
pela 3ª Vara da Justiça Federal do
Distrito Federal fechou os "data
rooms" (salas de informações) do
Sistema Telebrás.
A AGU (Advocacia Geral da
União) recorreu da decisão judicial ao Tribunal Regional Federal.
As salas de informações vinham
sendo consultadas por 11 empresas interessadas em comprar as 12
holdings regionais da estatal.
"São chuvas e trovoadas de juízes", disse o ministro Luiz Carlos
Mendonça de Barros (Comunicações) sobre a decisão da Justiça.
Mendonça de Barros afirmou
que o governo sempre tem de seguir as determinações judiciais,
"por mais absurdas que elas sejam".
As salas de informações foram
fechadas às 14h e os técnicos das
empresas tiveram de sair do prédio onde elas funcionam.
Segundo o despacho da juíza
Magnólia Silva, caso o governo
descumprisse a determinação judicial teria de pagar multa diária
de R$ 1,2 milhão.
A assessoria do ministro informou que as empresas que se sentirem prejudicadas com o fechamento dos "data rooms" serão
compensadas com mais tempo
para consultar as informações.
A liminar teve como origem
uma ação apresentada por procuradores do Ministério Público no
Distrito Federal, no último dia 18,
quando foram abertos os "data
rooms".
Os autores da ação argumentaram que as salas não poderiam divulgar informações sigilosas de 12
holdings porque elas ainda não tinham sido criadas formalmente.
A cisão da Telebrás em 12 holdings regionais só foi oficializada
na assembléia da empresa, realizada no último dia 22.
Os advogados do Ministério das
Comunicações afirmaram que a
ação "caducou" porque a cisão da
empresa foi feita.
Segundo eles, as informações sigilosas disponíveis nos "data
rooms" estão protegidas por termos de confidencialidade.
O procurador Luiz Francisco de
Souza, um dos autores da ação,
disse que, independentemente da
cisão, o funcionamento dos "data
rooms" é ilegal porque a Junta Comercial do DF ainda não emitiu o
CGC das 12 holdings regionais.
Mendonça de Barros disse que as
críticas que os potenciais compradores vêm fazendo ao pequeno
volume de informações disponíveis nos "data rooms" "são coisa
de comprador".
"O comprador joga o preço para baixo, então, ele reclama de tudo. Desde que eu sou criança há
isso", afirmou.
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